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Ônibus e assessores robôs podem dobrar crescimento de Cingapura

Melissa Cheok

25/07/2017 14h04

(Bloomberg) -- A revolução das máquinas está chegando.

Em Cingapura, que é proficiente em tecnologia, a integração das máquinas à economia poderia ajudar a quase dobrar o índice de crescimento doméstico e a aumentar significativamente a produtividade da mão de obra, segundo relatório da consultoria Accenture.

A consultoria concluiu que a inteligência artificial, se adotada plenamente, pode elevar a taxa de crescimento anual de Cingapura para 5,4 por cento em 18 anos. Este seria o maior aumento dentre 33 países estudados e se traduziria em US$ 215 bilhões adicionais em valor agregado bruto. Sem a IA, a previsão é de expansão econômica de 3,2 por cento.

"À medida que Cingapura avança com sua visão inteligente de nação, a adoção de IA impulsionará o crescimento econômico e possivelmente servirá como um remédio poderoso para a produtividade estagnada e para a escassez de mão de obra", disse Lee Joon Seong, diretor-gerente da Accenture Analytics no Sudeste Asiático.

As máquinas permitiriam que os trabalhadores usassem o tempo de forma mais efetiva e se concentrassem na inovação, segundo o relatório. Elas também permitiriam que os países abordassem os problemas apresentados pela escassez de trabalhadores provocada pelo envelhecimento da força de trabalho, afirmou.

Em meio ao impulso de Cingapura para se tornar um polo global de alta tecnologia, o governo, as agências e as empresas incentivaram ativamente o estudo e a implementação da tecnologia em todos os setores. Os usos atuais variam de ônibus e táxis autônomos até robôs que auxiliam idosos a se exercitarem. Recentemente, o governo também começou a colocar maior ênfase no desenvolvimento de habilidades de inteligência artificial e de análise de dados.

A maior produtividade da mão de obra e o crescimento mais rápido reduziriam o tempo necessário para duplicar o tamanho da economia de Cingapura: o relatório aponta que a absorção total da IA poderia fazer o PIB da cidade-estado dobrar em apenas 13 anos, contra uma estimativa de 22 anos sem a IA.

Para entrar em contato com o repórter: Melissa Cheok em Singapore, mheath1@bloomberg.net.

Para entrar em contato com a editora responsável: Daniela Milanese, dmilanese@bloomberg.net.

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