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Ricos deixariam Google e Amazon administrarem suas fortunas

Simone Foxman e Suzanne Woolley

29/09/2017 14h05

(Bloomberg) -- Esqueça as firmas tradicionais de gestão de patrimônio. Se Google, Apple, Facebook ou Amazon oferecessem serviços financeiros, mais da metade das pessoas ricas seria possíveis clientes.

A empresa de consultoria Capgemini descobriu que 56,2 por cento dos indivíduos com alto patrimônio líquido pensariam em contratar uma dessas quatro empresas de tecnologia se elas oferecessem serviços de gestão de patrimônio, de acordo com seu Relatório de Riqueza Mundial de 2017. Mais de 81 por cento dessas pessoas com menos de 40 anos poderiam recorrer a uma das gigantes da tecnologia. Isso também vale para 72,5 por cento dos participantes na região Ásia-Pacífico.

Os resultados chegam em um momento em que as empresas de gestão estão sendo ameaçadas pelas ferramentas on-line de administração de patrimônio. A pesquisa da Capgemini consultou mais de 2.500 indivíduos com alto patrimônio líquido e com pelo menos US$ 1 milhão em ativos que podem ser investidos, da América do Norte, da América Latina, da Europa e da região Ásia-Pacífico.

As empresas de tecnologia poderiam usar "sua agilidade, sua rapidez em comercializar e sua capacidade para aproveitar os dados, personalizar e fomentar a transparência", áreas onde as empresas tradicionais de gestão de patrimônio estão vacilando, disse Brian Sullivan, chefe global de inteligência do mercado de serviços financeiros da Capgemini. No entanto, acrescentou ele, "não é tão provável que as grandes empresas de tecnologia sejam um concorrente direto e roubem clientes, é mais provável que surjam algumas parcerias e colaborações".