Amazon buscará policiar produtos químicos em mercadorias
(Bloomberg) -- A Amazon.com está desenvolvendo um plano para regular os produtos químicos usados pelos fornecedores, mas está atrasada em relação à Wal-Mart, Target e outras empresas varejistas quanto a iniciativas em prol de produtos mais ecológicos.
Essa é a avaliação da Safer Chemicals, Healthy Families -- uma coalizão com sede em Washington responsável pelo programa Mind the Store. Apesar de atualmente estar desenvolvendo procedimentos para os produtos químicos, a Amazon ficou mal posicionada no ranking do Mind the Store, que mostra como as empresas reduziram os produtos químicos tóxicos nas mercadorias que vendem e como divulgam sua presença.
Com o aumento da participação da Amazon nas vendas do varejo, seu direcionamento corporativo enfrenta um escrutínio maior. Isso aumentou a pressão para a avaliação de seus produtos -- especialmente porque as rivais assumiram uma postura diante do problema.
"As empresas estão vendo que há uma vantagem mercadológica em demonstrar que estão ampliando a transparência em relação aos produtos e tomando medidas significativas para eliminar os piores dentre os piores produtos químicos", disse Mike Schade, coautor do relatório e diretor de campanha da Mind the Store.
Por enquanto, os esforços da Amazon para policiar os ingredientes em seus produtos são limitados. A empresa evita certos "produtos químicos preocupantes" em algumas mercadorias de marca própria, como lenços para bebês Elements, segundo o relatório. Ty Rogers, porta-voz da empresa com sede em Seattle, nos EUA, preferiu não comentar.
Notas corporativas
A Apple recebeu nota A, o que a coloca em primeiro lugar entre 30 empresas de varejo classificadas por suas políticas de transparência sobre produtos químicos, segundo a campanha do Mind the Store. Na sequência vem o Wal-Mart (A-) e a CVS Health, Ikea, Whole Foods e Target ganharam B+. A Amazon, por sua vez, recebeu nota D e ficou em 14o lugar, desempenho melhor do que o F do ano passado. A Toys "R" Us, a Trader Joe's e a Dollar General estão entre as nove empresas de varejo que receberam F.
O Wal-Mart e o Target iniciaram e expandiram programas para reduzir significativamente a presença de certos produtos químicos em suas mercadorias, reconhecendo a demanda dos consumidores por produtos mais ecológicos e por mais informações sobre o que compram. Outras empresas de varejo também estão respondendo, disse Schade.
"Observamos um enorme progresso entre as empresas de varejo que classificamos no ano passado", disse Schade, em entrevista por telefone. Sete empresas de varejo iniciaram ou expandiram políticas para produtos químicos no ano passado, disse ele.
Trabalho em progresso
Dois terços dos entrevistados, contudo, não estão implementando programas do tipo. A Amazon não conta com uma política pública para produtos químicos mais seguros, segundo o relatório, embora esteja "em processo de desenvolvimento e avaliação de uma política para os produtos químicos".
O relatório classificou as empresas em uma escala de 135 pontos que examinou 14 métricas, por exemplo se as empresas recebiam divulgação completa dos ingredientes dos fornecedores e se têm políticas para reduzir a presença das chamadas substâncias químicas de alta preocupação a níveis mínimos. Schade é coautor do relatório com Mike Belliveau, diretor-executivo do Environmental Health Strategy Center, com contribuições de outros grupos.
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