IPCA
0,83 Abr.2024
Topo

Londres tem maior desigualdade salarial de gênero do Reino Unido

David Goodman

27/11/2017 11h27

(Bloomberg) -- As mulheres que trabalham em Londres ganham menos em relação a seus colegas homens que em todo o Reino Unido.

A diferença de remuneração entre homens e mulheres em Londres está quase tão grande agora quanto em 1997, o que significa que a capital do Reino Unido passou de ter a brecha mais estreita para a mais ampla em 20 anos, já que outras regiões do Reino Unido apresentaram melhorias maiores, de acordo com um relatório do Instituto Nacional de Estatística (ONS, na sigla em inglês) publicado nesta segunda-feira.

As mulheres que trabalham em tempo integral em Londres ganham 14,6 por cento menos por hora do que seus colegas do sexo masculino, em comparação com 15,1 por cento em 1997, segundo o ONS. A desigualdade é menor na Irlanda do Norte, onde as mulheres agora ganham um pouco mais do que os homens, no País de Gales e na Escócia.

Os números chegam meses depois que a divulgação das disparidades de remuneração entre homens e mulheres profissionais na BBC provocou uma reação e uma carta aberta assinada por pelo menos 40 mulheres pedindo medidas. A partir do próximo ano, as empresas com mais de 250 funcionários no Reino Unido terão que informar o quanto estão pagando em salários e bônus para seus funcionários do sexo masculino e feminino.

No setor público, a diferença salarial estagnou no país como um todo, e as mulheres estão ganhando 13,1 por cento menos por hora, contra 13,5 por cento em 1997. Embora a diferença seja maior no setor privado, 15,9 por cento, houve uma melhoria significativa neste setor em comparação com a diferença registrada há duas décadas, de 23,8 por cento.

Entre os que trabalham em tempo parcial, o quadro é muito diferente, e as mulheres ganham mais em todas as regiões do Reino Unido. Na maioria dos casos, isso é o inverso do que acontecia em 1997, no entanto, os homens que trabalham em tempo parcial no sudeste tiveram um crescimento salarial mais rápido nas últimas duas décadas.