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EasyJet divulga desigualdade salarial entre gêneros de 52%

David Hellier

28/11/2017 11h49

(Bloomberg) -- A EasyJet, maior empresa aérea de baixo custo do Reino Unido, revelou que os funcionários homens ganham em média 51,7 por cento a mais do que as mulheres, uma das maiores disparidades salariais entre gêneros divulgadas até o momento por uma empresa britânica como parte das exigências de transparência do governo.

Segundo as novas regras, as empresas com mais de 250 funcionários devem revelar o tamanho da diferença salarial até abril de 2018. Até o momento, responderam 263 de um total esperado de 9.500 empresas elegíveis.

Em seu relatório, a EasyJet, chefiada por uma CEO mulher nos últimos sete anos, Carolyn McCall, afirma que a discrepância é "fortemente influenciada" pelos salários e pela composição de gênero de sua comunidade de pilotos, que representa mais de um quarto dos funcionários britânicos da aérea.

"Os pilotos são predominantemente homens e têm salários maiores que os dos demais funcionários, o que aumenta significativamente o salário masculino médio na EasyJet", afirmou a empresa aérea com sede em Luton, Inglaterra.

O salário médio de um piloto da EasyJet é de 92.400 libras (US$ 123.000) por ano. A remuneração da tripulação de cabine é de 24.800 libras por ano e a do setor administrativo, de quase 54.000 libras por ano.

A diferença salarial entre homens e mulheres na EasyJet é superior à divulgada até o momento por instituições de serviços financeiros como Virgin Money, Aldermore e TSB Banking Group, todas com níveis em torno de 30 por cento. Na semana passada, o Banco da Inglaterra divulgou uma diferença média de 21 por cento.

A EasyJet disse que selecionou 49 novas copilotos mulheres nos últimos 12 meses, um aumento de 48 por cento em relação ao ano anterior. A CEO McCall deixará a empresa em breve para comandar a emissora ITV.

--Com a colaboração de Christopher Jasper