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Jaguar produzirá 25 novos roadsters D-Type para fãs devotos

Hannah Elliott

07/02/2018 13h43

(Bloomberg) -- A Jaguar revelou o terceiro carro de continuação de sua história, o D-Type.

O roadster de seis cilindros se une aos carros de continuação Jaguar Lightweight E-Type e Jaguar XKSS no programa desenvolvido pela empresa em 2014 para relançar versões modernas de seus modelos mais emblemáticos. Este último carro, apesar de fabricado neste ano, terá exatamente o mesmo visual do D-Type original, que ganhou a corrida 24 Horas de Le Mans três vezes entre 1955 a 1957.

Por e-mail, Tim Hannig, diretor da Jaguar Land Rover Classic, classificou o carro como um projeto "único na vida".

Ele é suspeito para falar. Mas é verdade que essa recriação -- que, a julgar pelas continuações anteriores, custará mais de 1 milhão de libras (US$ 1,4 milhão) -- é um carro especial. Um exemplar que pertenceu a Bernie Ecclestone, o excêntrico ex-presidente da Fórmula 1, foi colocado à venda por US$ 12 milhões no mês passado em leilão da Gooding & Co. no Arizona. O veículo não foi arrematado, mas a Sotheby's vendeu um D-Type ano 1955 em 2016 por quase US$ 22 milhões. Em comparação com esses preços, este novo exemplar, que provavelmente custará menos de US$ 2 milhões, é praticamente uma pechincha.

O D-Type é especial por ser raro, pelas vitórias em corridas e pelo estilo da carroceria. O formato foi fortemente influenciado pela tecnologia aeronáutica mais avançada da época, com um cockpit monocoque formado a partir de folhas de liga de alumínio. Na época, os designers seguiram uma prática que teve origem no campo da aviação: colocar a reserva de combustível na parte traseira do veículo.

Todos os aspectos da nova versão seguirão especificações autênticas e originais, incluindo o elegante capô, cabeças de cilindros em ângulo aberto, pinças de freio de troca rápida e o inconfundível rabo de peixe. O interior terá o mesmo velocímetro redondo, o volante fino de madeira e metal perfurado (do lado direito, é claro) e câmbio manual com quatro marchas. O aço do exterior também será a liga. Na época do lançamento original, o carro tinha 250 cavalos de potência e podia atingir uma velocidade máxima de 268 quilômetros por hora.

Os clientes poderão escolher até mesmo uma versão especial de 1955 de nariz pequeno ou uma versão especial de 1956 de nariz longo (sim, ainda restam alguns disponíveis para comprar). As entregas começarão ainda neste ano.

Serão feitas 25 unidades -- muito mais que os seis Lightweight E-Types fabricados pela Jaguar em 2014 e que os nove XKSS produzidos em 2017.

Um porta-voz da Jaguar, que é de propriedade da Tata Motors, disse que o aumento reflete o fato de que foram concluídos apenas 75 de uma produção original cujo objetivo, em 1955, era chegar aos 100 exemplares, embora seja possível afirmar com certeza que a empresa lucrará bastante com a produção desses modernos veículos históricos. A Jaguar fez um trabalho semelhante em uma escala muito mais barata e escassa, e com grande sucesso, com os programas Land Rover Classic e Range Rover Rebuild. O programa Range Rover Rebuild, por exemplo, reedita pequenos lotes (menos de uma dúzia) de Range Rovers da década de 1970 para capitalizar a explosão do interesse pelo modelo no mercado de carros antigos.

O novo D-Type é exibido pela primeira vez ao público no Salon Rétromobile, nesta quarta-feira, em Paris.