Starbucks vira alvo de críticas após prisões 'repreensíveis'
(Bloomberg) -- A Starbucks, que divulga há anos seu compromisso com a justiça social, luta para restaurar a confiança na rede de cafeterias após a prisão de dois clientes negros na Filadélfia, nos EUA.
O CEO Kevin Johnson pediu desculpas pelo incidente, em que a polícia foi chamada porque os dois homens esperavam em uma mesa da Starbucks sem pedir. Foi um "resultado repreensível", disse ele, em comunicado, no fim de semana.
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Na sequência, Johnson publicou uma mensagem de vídeo na qual prometeu reavaliar as políticas e práticas da Starbucks. A empresa com sede em Seattle pode adotar também mais treinamento aos gerentes de lojas, incluindo instruções sobre o preconceito inconsciente, disse.
"Vou corrigir isso", disse Johnson, 57. "Isso não representa o que somos, nem o que seremos."
Sob o comando de Schultz, a Starbucks fez os baristas escreverem "race together" ("raças unidas", em tradução livre) nos copos dos clientes com o objetivo de estimular a discussão sobre as relações raciais dos EUA. A medida foi criticada nas redes sociais e considerada uma abordagem imprudente para uma questão complexa.
Johnson enfrenta também a desaceleração do crescimento, prejudicado em parte pelo movimento lento no horário da tarde. As vendas comparáveis -- um dos indicadores mais importantes -- subiram apenas 2 por cento no trimestre mais recente divulgado pela empresa.
Discussões locais
Há cerca de 28.000 cafeterias Starbucks em todo o mundo, e as práticas locais podem variar bastante. Na Filadélfia, a vice-presidente regional da empresa, Camille Hymes, foi incumbida de falar com funcionários, clientes, líderes comunitários e agentes da lei sobre o incidente.
"Acho que eles fizeram um bom trabalho em termos de controle de danos", disse Brian Yarbrough, analista da Edward Jones.
Johnson disse também que espera se reunir com os dois homens que foram presos e pedir desculpas pessoalmente.
Mas o executivo disse que não há planos de demitir a chefia da loja que lidou com a situação.
"Acho que não merece levar a culpa", disse Johnson.
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