Chinesa JD recorre a Google e Walmart para erguer império global
(Bloomberg) -- Richard Liu construiu uma gigante do comércio eletrônico na China aproveitando o apetite do país por tecnologia. Agora que sua JD.com planeja uma expansão global, ele está recorrendo a outras empresas em busca de ajuda: Google e Walmart.
Poucos meses depois de o Google ter comprado uma participação de US$ 550 milhões na JD, Liu disse que está nos estágios iniciais do planejamento estratégico com a gigante das buscas para conquistar clientes fora de seu mercado doméstico. O Walmart vai trabalhar com a JD para expandir as operações na China, nos EUA e no Sudeste Asiático, disse Liu.
A JD só perde para a Alibaba Group Holding no comércio eletrônico na China e começou a investir em lojas físicas no país, embora suas incursões pelo exterior tenham se limitado principalmente à Tailândia, à Indonésia e ao Vietnã. Mas Liu está de olho nos consumidores endinheirados da Europa e dos EUA e está fazendo investimentos substanciais na infraestrutura necessária para abastecer milhões de clientes em todo o mundo.
"Nossa ambição é expandir a capacidade de nossa cadeia de abastecimento para todo o mundo - para conectar qualquer marca e qualquer produto a qualquer consumidor do planeta", disse Liu em entrevista durante um evento empresarial em Aspen, no Colorado, no mês passado.
O Walmart e a JD uniram forças na China quando Liu concordou em comprar as operações on-line da empresa dos EUA no país. Em troca, a varejista de Bentonville, Arkansas, comprou uma participação no negócio. O Walmart também foi um dos líderes de uma captação de recursos de US$ 500 milhões em agosto para a Dada-JD Daojia, uma afiliada da JD que conecta frotas de entregadores em motocicletas a comerciantes em centenas de cidades e povoados chineses.
Liu disse que, embora sua parceria com o Walmart seja global, o trabalho com o Google vai "se concentrar principalmente fora da China". A maioria dos serviços do Google está bloqueada ou indisponível na China.
Sua vantagem inicial sobre a Amazon.com e outras concorrentes estrangeiras seria a capacidade de oferecer produtos chineses mais baratos e de alta qualidade no exterior após a expansão de sua cadeia de abastecimento, disse ele. A incursão internacional chega em um momento desafiador, porque as ações da JD caíram devido ao aumento dos custos, à concorrência e à expansão cara. A empresa agora opera 11,6 milhões de metros quadrados de espaço em 521 armazéns na China.
Wayne Peters, presidente da Peters MacGregor Capital Management e acionista da JD.com, disse que o investimento é um ativo incrivelmente valioso para o futuro da empresa.
"Richard cumpre muito mais do que promete", disse Peters. "Gostamos de CEOs que pensam a longo prazo. Estamos mais interessados nisso do que naqueles que se interessam apenas em ter um desempenho superior ao dos mercados."
--Com a colaboração de Tom Metcalf.
To contact Bloomberg News staff for this story: David Ramli em Pequim, dramli1@bloomberg.net;Eric Newcomer em San Francisco, enewcomer@bloomberg.net
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