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Clima adverso ameaça trigo argentino e receita com comércio

Jonathan Gilbert

11/09/2018 12h55

(Bloomberg) -- O presidente da Argentina, Mauricio Macri, que conta com a produção recorde de trigo para aumentar a receita com exportações e assim mitigar a recessão cada vez mais profunda, enfrenta mais um período de clima adverso.

No início do ano, a seca mais severa em 30 anos devastou a safra de soja, prejudicando a economia. Agora, a estiagem no mês de agosto poderia reduzir a produção de trigo na província de Córdoba. São esperadas grandes perdas se não houver muita chuva nos próximos dias, informou a Bolsa de Comércio de Rosário, na segunda-feira, em relatório.

Os economistas preveem uma contração de 1,9 por cento do país em 2018 em meio à crise cambial, mas uma colheita de mais de 20 milhões de toneladas de trigo daria algum alívio a Macri. Ele decidiu tributar as exportações da colheita de dezembro em mais de 10 por cento para equilibrar o orçamento.

Nesta semana, Córdoba pode receber entre 20 e 100 milímetros de chuva após um fim de semana seco, segundo relatório do governo. O plantio de trigo na província abrange mais de 1 milhão de hectares dos 6,1 milhões de todo o país, segundo dados da Bolsa de Cereais de Buenos Aires.