Airbus precisa de mais um ano para recuperar atrasos do A320 Neo
(Bloomberg) -- A Airbus precisa de pelo menos mais um ano para recolocar as entregas programadas de seus jatos A320neo nos trilhos após problemas de produção e design de seus fornecedores de motores, segundo um alto executivo.
A fabricante de aviões foi obrigada a ajustar o cronograma de entrega do A320neo no início de 2018 após a descoberta de uma falha nos motores da Pratt & Whitney, e a CFM International não conseguiu superar os problemas de produção dos principais fornecedores. A Airbus se manteve firme em relação à meta para as entregas globais, de cerca de 800 aeronaves neste ano.
"Vai depender muito da disponibilidade de motores e precisamos nos assegurar de saber com certeza o que os fornecedores são capazes de fazer", disse Chris Buckley, vice-presidente-executivo da Airbus para Europa, África e Ásia-Pacífico, em entrevista nas Ilhas Maurício, no Oceano Índico. "Certamente levaremos mais 12 meses para recuperar o atraso."
A Airbus inicialmente planejava recuperar o atraso no cronograma neste ano, mas a falha na Pratt provocou uma paralisação de três meses nas entregas, disseram pessoas a par do assunto. O atraso, somado aos problemas de produção enfrentados pela CFM, deixou até 100 jatos estacionados do lado de fora das fábricas à espera de motores. O número caiu para cerca de 70 nas últimas semanas devido ao aumento do ritmo de entregas do turbofan com engrenagens da Pratt.
"Devagar, mas seguros, vamos nos ajustando à situação", disse Buckley. "O que precisamos é recuperar uma certa estabilidade na entrega de nossas aeronaves -- entregar a tempo para os nossos clientes, como eles esperam."
A decisão do diretor de vendas da Airbus, Eric Schulz, de deixar a empresa, na semana passada, "gerou um certo choque", disse Buckley, acrescentando que o sucessor de Schulz, Christian Scherer, estava "preparado e disposto" para assumir o cargo. Scherer, que assumiu o posto imediatamente, já era considerado candidato.
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