Magnata russo está perto de perder US$ 585 milhões em divórcio
(Bloomberg) -- Um bilionário russo envolvido em um dos maiores acordos de divórcio da história do Reino Unido foi derrotado em um processo movido em Moscou, onde ele tentava provar que seu casamento havia acabado 16 anos antes.
A justiça britânica determinou que Farkhad Akhmedov pagasse a Tatiana Akhmedova mais de 450 milhões de libras esterlinas (US$ 585 milhões) depois que ele se recusou a participar de um julgamento em Londres, alegando que já tinha se divorciado na Rússia. Agora, o tribunal municipal em Moscou rejeitou o recurso do magnata, que tentava provar a existência daquele divórcio.
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A possibilidade de o divórcio já ter acontecido estava no centro da disputa entre Farkhad e Tatiana, que tenta o confisco do iate do bilionário para garantir o pagamento. O MV Luna, com 115 metros de comprimento e avaliado em US$ 492 milhões, está apreendido em Dubai.
O tribunal de Moscou manteve a decisão de uma instância inferior que rejeitou a tentativa de provar a existência de um processo de divórcio anterior na Rússia. Akhmedov não conseguiu submeter "evidência suficiente e com credibilidade", afirmou o tribunal de menor instância na ocasião.
Em Londres, advogados de Akhmedov produziram documentos "oficiais" que confirmavam o divórcio na Rússia, mas o juiz Charles Haddon-Cave --que concedeu à esposa 41% da fortuna dele-- sugeriu que os papéis de Moscou foram "forjados".
Segundo um advogado de Tatiana, "o único divórcio concedido à Sra. Akhmedova foi finalizado em Londres, em 2016".
"A decisão do tribunal municipal de Moscou fecha o cerco às tentativas cada vez mais desesperadas dele para não aceitar essa realidade", afirmou o advogado dela, Yuri Kuznetsov, em comunicado.
Em uma sucinta mensagem de texto, Akhmedov afirmou que, apesar da decisão judicial, a chance de a ex-mulher obter toda a quantia designada pelo tribunal era "zero".
O magnata do setor de gás natural, hoje com 63 anos, afirma que sustentou Tatiana depois da dissolução do casamento, na Rússia. Segundo ele, advogados maliciosos arquitetaram o pedido de divórcio em Londres e a política no Reino Unido influenciou a decisão judicial.
Na quinta-feira (18), ele avisou que pretende apelar a decisão de Moscou.
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