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Muitos americanos dizem que economia de Trump não os beneficiou

Riley Ray Griffin

24/10/2018 12h13

(Bloomberg) -- A maioria dos americanos afirma que sua situação financeira não melhorou desde a eleição presidencial de 2016, apesar do baixo nível de desemprego e da prosperidade no mercado de ações.

Mais de seis em cada dez americanos disseram que não estão financeiramente melhores do que há dois anos, segundo um relatório da Bankrate divulgado nesta quarta-feira. Os que ganham menos, as mulheres e os que se encontram em idade de aposentadoria tiveram maior probabilidade de relatar que não estão mais ricos do que antes.

A pesquisa da Bankrate foi realizada entre os dias 25 e 30 de setembro pela empresa de pesquisa SSRS, usando uma amostra nacional de 1.001 pessoas. O estudo reflete os resultados de uma pesquisa recente realizada pela empresa de consultoria de investimentos Stash, em que 44 por cento dos americanos afirmaram que sua situação financeira não melhorou e outros 20 por cento disseram que suas perspectivas financeiras pioraram.

"Sabemos que há uma desconexão entre as métricas econômicas gerais que vimos no dia a dia e a experiência pessoal vivida", disse o analista sênior da Bankrate, Mark Hamrick. "Ainda há muito o que fazer para melhorar a condição financeira dos americanos."

A impressionante proporção de 78 por cento dos americanos que ganham menos de US$ 30.000 por ano afirma que sua situação financeira não melhorou nos últimos dois anos, e 27 por cento disseram que sua situação financeira piorou.

Os americanos em idade de aposentadoria relataram a menor taxa de melhora financeira entre as gerações pesquisadas. Setenta e seis por cento dos americanos com 65 anos ou mais sentem que sua situação financeira não melhorou nos últimos dois anos, e 18 por cento disseram que piorou.

As mulheres também foram menos propensas que os homens a reportar ganhos financeiros. Sessenta e sete por cento das mulheres disseram que não se beneficiaram da economia de Trump, em comparação com 56 por cento dos homens. Além disso, 19 por cento das mulheres viram uma piora em sua situação financeira, em contraste com 15 por cento dos homens.

As eleições legislativas dos EUA se aproximam, e a sensação de privação financeira e de desigualdade entre os americanos poderia mobilizar os eleitores. "O presidente atribui a si o desempenho da economia dos EUA, o que o deixa em uma situação precária", disse Jay Shambaugh, membro sênior de estudos econômicos da Brookings Institution. "A maioria da população agora está dizendo: 'Cadê o dinheiro?'"