Próximo 'bear market' testará busca de Wall Street por diversidade
(Bloomberg) -- As empresas financeiras apoiam alegremente os programas de diversidade durante épocas boas --mas o que aconteceria em um "bear market"?
Essa é a questão levantada por Carla Harris, vice-presidente de gerenciamento de patrimônio do Morgan Stanley, que discursou na terça-feira na Diversity Summit, evento inaugural do Center for Financial Planning, em Nova York. As empresas precisam fomentar a diversidade como prioridade comercial ou o fluxo de candidatos se esgotará a cada poucos anos, disse ela.
"Diversidade e inclusão têm sido fenômenos do 'bull market' --quando as coisas vão bem, gastamos muito dinheiro recrutando e promovendo mulheres e não brancos", disse. "No entanto, no momento em que somos atingidos por um ambiente de 'bear market', esse gasto não acaba, mas a intensidade vai de dez para um, e as demissões atingem mais duramente os grupos menos representados."
Este mês pode ser o pior outubro em uma década para os mercados de ações porque os investidores estão questionando quanto tempo a sequência de alta vai durar diante de um cenário de aumento dos juros nos EUA, de escalada das tensões comerciais entre EUA e China e de crises geopolíticas da Itália à Arábia Saudita.
As firmas de Wall Street têm tido dificuldades para recrutar e reter uma força de trabalho que reflita a população americana. Nos EUA, em 2017, menos de 3,5% dos 80.000 profissionais com a designação de planejador financeiro certificado eram negros ou latinos, segundo estudo divulgado nesta terça-feira pelo Center for Financial Planning.
Para o Merrill Lynch, é importante que as iniciativas de diversidade resistam ao ciclo econômico, disse Andy Sieg, chefe da unidade de gerenciamento de patrimônio do Bank of America, em entrevista, no evento.
"Há muitos fatores que causam distração tanto em um bull market quanto em um bear market", disse Sieg. "É preciso encontrar tempo. É preciso garantir que esse tópico esteja na agenda toda semana, todo mês, todo trimestre, e estamos nos responsabilizando."
O Merrill Lynch viu um "forte progresso" na diversidade após introduzi-la como métrica para os líderes de campo no ano passado, disse Sieg. Os gerentes só podem receber nota A em sua pontuação tendo a diversidade como parte de suas responsabilidades e mostrando resultados, disse ele.
(Com a colaboração de Sarah Ponczek)
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