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Titã do varejo perde US$ 10 bi, mas ao menos ainda tem o futebol

Alexander Sazonov

21/11/2018 15h28

(Bloomberg) -- Sergey Galitskiy estava em alta em 2014 quando era o maior acionista da Magnit, à época a rede de varejo russa que mais crescia. Ele ampliou seu patrimônio líquido para US$ 14 bilhões e se tornou a terceira pessoa mais rica da Rússia.

Mas essa rápida expansão teve vida curta.

A Magnit não conseguiu defender sua vantagem quando as concorrentes, lideradas pela X5 Retail Group, que é controlada pelo bilionário rival Mikhail Fridman, conquistaram participação de mercado. Em 2016, a Magnit foi ofuscada pela X5 como maior empresa de varejo da Rússia, e neste ano Galitskiy, 51, foi obrigado a deixar o cargo de CEO, vendendo a maior parte da participação que ainda detinha para a estatal VTB Group. A fortuna atual dele é de US$ 4,1 bilhões, cerca de 70 por cento menor que quatro anos atrás.

Essa queda pode ser enorme, mas Galitskiy continua longe de sua origem humilde. Em 1998, no auge da crise econômica da Rússia, ele abriu um pequeno mercado em sua cidade natal, Krasnodar, a cerca de 1.300 quilômetros ao sul de Moscou, e o transformou em uma gigantesca empresa de varejo com quase US$ 20 bilhões em receitas anuais e mais de 16.000 lojas espalhadas pela Rússia.

Agora ele também poderá ter mais tempo para sua outra paixão -- o futebol. O bilionário, que de criança sonhava em ser profissional, fundou o time de futebol Krasnodar em 2008 e, desde então, investiu mais de US$ 250 milhões no clube, em sua arena e em uma academia esportiva relacionada.

"É simples, eu gosto de futebol", disse Galitskiy, em uma entrevista em 2013, no auge de seu sucesso. "Quando uma pessoa ganha dinheiro, faz sentido que ela gaste."

--Com a colaboração de Jack Witzig.