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Empresa de investimentos prevê alta de emergentes `combalidos'

Ben Bartenstein

22/01/2019 15h11

(Bloomberg) -- As ações dos países em desenvolvimento se aproximam de um ponto de inflexão após um ano atribulado no qual entraram em bear market, segundo a American Century Investments.

A combinação de valuations atrativos, taxas de crescimento mais altas do que as do mundo desenvolvido e pausa iminente do ciclo de ajuste do Federal Reserve darão impulso a essa classe de ativos, disse Patricia Ribeiro, gerente de recursos da empresa em Nova York, que administra US$ 157 bilhões. Os ventos contrários do ano passado -- a guerra comercial, o aumento do juro nos EUA e o dólar forte -- agora estão virando a favor, disse.

"Alguns papéis estão tão combalidos que é difícil imaginar que eles consigam piorar muito", disse Ribeiro, cujo American Century NT Emerging Markets Fund superou 95 por cento de seus pares nos últimos cinco anos. "Não acredito que piore muito."

A American Century ampliou a posição overweight no Brasil desde a eleição do presidente Jair Bolsonaro. A proposta dele para a reforma da Previdência pode ser "muito positiva", beneficiando ações dos setores de finanças e de consumo, disse. Ao mesmo tempo, o fundo está ansioso para comprar mais ações chinesas em março, quando o impacto dos estímulos, dos cortes de impostos e da redução das reservas se tornará mais visível. Ribeiro disse que também vê a Indonésia com bons olhos.

Outro possível impulso para as ações dos mercados emergentes pode vir da trégua comercial entre EUA e China. Na sexta-feira, a Bloomberg noticiou que Pequim ofereceu seis anos de compras para ampliar as importações americanas. Ribeiro disse achar improvável que as relações se tornem muito piores do que estão e que um acordo seria "muito positivo" para os mercados.

"É difícil acreditar que a tensão comercial possa piorar muito porque os EUA não estão tirando proveito disso", disse. "Não acredito que piore muito."