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Nova York proíbe venda de seguidores e de curtidas na internet

Erik Larson

31/01/2019 14h36

(Bloomberg) -- Vender falsos seguidores, "curtidas" e visualizações de página de contas fictícias em plataformas de redes sociais como Twitter e YouTube é ilegal, afirmaram autoridades do estado de Nova York em um acordo sem precedentes nos EUA.

O acordo com uma pequena empresa de marketing chamada Devumi, que suspendeu as operações no ano passado, tem como alvo o uso sistemático de contas de bots (ou robôs) que fingem manifestar opiniões genuínas de pessoas reais para enganar a população, disse a procuradora-geral de Nova York, Letitia James, na quarta-feira, em comunicado.

"Esse acordo é a primeira vez em que um órgão de segurança pública determina que a venda de engajamento falso nas redes sociais e o uso de identidades roubadas para atividades na internet é ilegal", diz o comunicado.

Em alguns casos, a Devumi roubou identidades de pessoas reais na internet, disse a procuradora-geral. O New York Times noticiou no ano passado que a Devumi havia vendido mais de 200 milhões de seguidores no Twitter usando um banco de dados de milhões de contas automatizadas. A procuradora-geral disse que a empresa fechou logo após o início da investigação em Nova York.

A Devumi também vendeu o apoio dos chamados influenciadores das redes sociais sem revelar que eles tinham sido pagos para fazer suas recomendações, segundo o comunicado.

O advogado da Devumi, Jeffrey Alberts, não deu retorno imediato a um telefonema em busca de comentários sobre o acordo.

"Como pessoas e empresas como a Devumi continuam ganhando dinheiro mentindo para americanos honestos, meu gabinete continuará buscando e impedindo todos os que vendem fraudes na internet", disse Letitia. "Com este acordo, transmitimos claramente a mensagem de que todos os que lucram enganando e imitando pessoas estão infringindo a lei e serão responsabilizados."