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Mundo teve 4 anos mais quentes da história desde 2015, dizem EUA

Brian K. Sullivan

07/02/2019 13h11

(Bloomberg) -- Os últimos cinco anos foram os mais quentes já registrados, anunciaram duas das maiores agências científicas dos EUA na quarta-feira.

Em quarto lugar no ranking, 2018 agora está atrás de 2016, 2017 e 2015 e à frente de 2014 na lista dos anos mais quentes, afirmaram a Administração Oceânica e Atmosférica Nacional dos EUA (NOAA, na sigla em inglês) e a Nasa em apresentação conjunta.

"A mensagem principal é que o planeta está esquentando", disse Gavin Schmidt, diretor do Instituto Goddard de Estudos Espaciais da Nasa. "As tendências de longo prazo são extremamente robustas."

Esse aquecimento é impulsionado pela quantidade de gases causadores do efeito estufa que os humanos introduziram na atmosfera, particularmente nos últimos 100 anos, disse Schmidt.

Nos dois conjuntos de dados, a tendência geral das temperaturas globais é de aumento. No entanto, os anos individuais registram flutuações devido a fenômenos como El Niño e La Niña no Pacífico equatorial, disse Deke Arndt, cientista dos Centros Nacionais de Informação Ambiental da NOAA em Asheville, Carolina do Norte, EUA.

"É como subir em uma escada rolante ao longo do tempo e pular para cima e para baixo enquanto se está nessa escada rolante", disse Arndt, em conferência com jornalistas.

As temperaturas globais ficaram em média 1,49 grau Fahrenheit acima da média do período 1951-1980, segundo dados da Nasa, e a NOAA registrou 1,42º F acima da média de 1901-2000. As duas agências usam médias de referência diferentes e o registro das temperaturas globais remonta a 1880.

Além das temperaturas recorde, os EUA sofreram prejuízos diretos de US$ 91 bilhões devido a eventos climáticos extremos em 2018, o quarto maior valor desde 1980, disse Ardnt. Os furacões Florence e Michael e os incêndios florestais no Oeste representaram US$ 73 bilhões desses prejuízos.