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Citigroup prefere Brasil e Argentina entre ações na AL

Vinícius Andrade

13/02/2019 14h06

(Bloomberg) -- A inflação menor provavelmente ajudará a impulsionar as condições macroeconômicas favoráveis no mercado brasileiro, enquanto também deve contribuir para a continuidade de políticas de austeridade na Argentina, deixando o Citigroup confortável com sua recomendação overweight para os mercados de ações de ambos os países.

"A inflação continua baixa, o juro real está em um nível inédito e há alavancagem operacional muito grande nas empresas", disse o estrategista do Citigroup, Guilherme Assis, em entrevista no escritório do banco em São Paulo. De acordo com o Citigroup, a margem Ebitda das empresas brasileiras está em torno de 80% de seus picos, após a pior recessão da história do país.

"As empresas se adequaram, cortaram custos, melhoraram eficiência e conseguem crescer sem fazer grandes investimentos", afirmou Assis.

O Citigroup vê o lucro das empresas crescendo 22% no Brasil neste ano e espera que o Ibovespa feche 2019 em 104.000 pontos, cerca de 8% acima do fechamento de terça-feira. No Brasil, o banco prefere os setores financeiro e de consumo por sua maior exposição à recuperação da economia doméstica. O progresso mais rápido do que o esperado na reforma da Previdência no Congresso e o potencial para cortes adicionais na taxa básica de juros poderiam ampliar o espaço para alta adicional, segundo Assis.

Na Argentina, as ações devem se beneficiar de um resultado eleitoral positivo em outubro, já que a inflação mais baixa deve ajudar o presidente Mauricio Macri a se reeleger. "Isso deve levar à continuidade de políticas mais austeras", disse Assis.

O Citigroup tem recomendação underweight para a Colômbia e o Peru, e market-weight para o Chile e o México.