Blockchain é "irrelevante" para automatizar investment banking
(Bloomberg) -- A empresa londrina de fintech que está por trás do primeiro título regulado de criptomoedas está atraindo investidores para ajudá-la a automatizar os mercados de capital sem usar o blockchain -- por enquanto.
A Nivaura fechou nesta semana sua rodada inicial de financiamento de US$ 20 milhões com um grupo de investidores liderado pelo London Stock Exchange Group e que inclui o Banco Santander, a Aegon e dois dos cinco escritórios de advocacia mais renomados de Londres, o Allen & Overy e o Linklaters.
Embora a empresa tenha ambições mais grandiosas, como transformar ações em tokens e usar o blockchain para compensar títulos, seu foco agora é a venda de uma plataforma que está tentando revolucionar os processos de emissão e execução de dívida, títulos e notas estruturadas.
A rodada de financiamento é o mais recente exemplo de empresas financeiras que adquirem participações em empreendimentos relacionados a livros-razão distribuídos, ao mesmo tempo em que adotam uma atitude mais realista sobre o que pode ser alcançado por enquanto. O JPMorgan Chase & Co. informou neste mês que vai introduzir um protótipo de moeda digital para acelerar os pagamentos corporativos.
"A estruturação de instrumentos, a negociação de várias coisas, a execução e a compensação -- isso está acontecendo agora, isso pode ser automatizado", disse o CEO da Nivaura, Avtar Sehra, em entrevista. "O blockchain é irrelevante. O que achamos que vai acontecer é que, quando nos conectamos a um sistema de compensação agora, você pode passar para um blockchain clicando em um botão."
A empresa com sede em Londres, que foi fundada em 2016, planeja usar os fundos para apoiar as vendas da plataforma de mercados de capital e se expandir para a Ásia e a América do Norte, acrescentou Sehra.
Automação
A Nivaura classifica seu produto como um processo de automação de ponta a ponta para gerenciar todo o ciclo de vida de um instrumento financeiro. Esse processo pode negociar e formular a estrutura legal do instrumento com as contribuições de várias partes e os precedentes existentes, precificá-lo e distribuí-lo aos clientes -- tudo dentro do mesmo sistema.
Por enquanto, não é muito prático transformar valores mobiliários em tokens, por causa das regulamentações para os depósitos de títulos e do domínio das moedas fiduciárias, como dólares e euros, disse Sehra.
O entusiasmo pelos projetos de criptomoedas também diminuiu. O bitcoin despencou quase 80 por cento de seu pico.
O CEO da LSE, Nikhil Rathi, entrará no conselho da Nivaura, que também inclui Spencer Lake, ex-vice-presidente de serviços bancários globais e mercados do HSBC Holdings. O Santander e a Aegon investiram na Nivaura por meio de seus braços de capital de risco e a Digital Currency Group, empresa de capital de risco focada em criptomoedas, também é um dos apoiadores.
"A Nivaura provou sua capacidade de reduzir substancialmente os custos e abrir novos mercados para os clientes", disse Manuel Silva Martínez, chefe de investimentos da unidade InnoVentures, do Santander, em comunicado. "A empresa também tem o potencial para ser a espinha dorsal de ofertas totalmente novas no espaço de investment banking."
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