Preço menor do açúcar cessa contratação de exportação na Índia
(Bloomberg) -- A Índia freou a assinatura de novos contratos para exportação de açúcar diante da queda dos preços globais e da elevação de uma taxa governamental sobre a venda interna do produto. O país disputa com o Brasil a liderança na produção mundial.
Os operadores do país não assinam nenhum contrato de exportação há pelo menos oito dias porque o açúcar indiano não está competitivo no mercado global, explicou Rahil Shaikh, diretor-gerente da Meir Commodities India Pvt.
A redução das vendas externas pela Índia ? que planejava exportar quantia quase recorde devido ao excedente no mercado doméstico ? potencialmente oferece suporte aos preços futuros em Nova York, que caíram após alcançarem o maior nível em mais de três meses. A Associação Indiana de Usinas de Açúcar estima que o país vai exportar de 3 milhões a 3,5 milhões de toneladas na safra 2018-2019, enquanto a cota definida pelo governo é de 5 milhões de toneladas.
"A queda nos preços globais do açúcar e a rúpia mais valorizada não estão ajudando as exportações", disse Shaikh, que também já foi diretor-gerente da ED&F Man Commodities India. Os futuros em Nova York precisam subir para aproximadamente 14 centavos de dólar por libra-peso para tornar as exportações viáveis, acrescentou. Nesta terça-feira, o contrato futuro era negociado por 12,26 centavos.
A rúpia ampliou os ganhos registrados em fevereiro e se valorizou 1,7 por cento em março, sendo a moeda asiática de melhor desempenho no período. A produção de açúcar por lá deve superar o consumo pelo segundo ano consecutivo, uma vez que os preços recordes da cana incentivam fazendeiros a aumentar a área plantada. Segundo a associação de usineiros, a Índia deve produzir 30,7 milhões de toneladas de açúcar na safra 2018-2019, enquanto o consumo doméstico é estimado em 26 milhões de toneladas.
--Com a colaboração de Kartik Goyal.
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