Opep exorta produtores de petróleo a evitar excedente neste ano
(Bloomberg) -- O secretariado da Opep exortou os produtores de petróleo a manterem os esforços para evitar um excedente neste ano porque a oferta de seus concorrentes está aumentando mais rapidamente do que a demanda mundial.
Importantes integrantes da Opep e aliados se reunirão neste fim de semana em Baku, no Azerbaijão, para analisar as restrições à produção que estão implementando para evitar um excedente de oferta e defender os preços do petróleo. O acordo entre eles termina na metade do ano. Em seu relatório mensal, o secretariado da Opep, que tem sede em Viena, incentivou-os a manterem a estratégia.
"A demanda por petróleo deverá crescer a um ritmo moderado em 2019, mas ainda está bem abaixo do forte crescimento esperado na projeção de oferta de fora da Opep para este ano", afirmou. "Isso ressalta a responsabilidade compartilhada contínua de todos os países produtores participantes para evitar cair novamente em desequilíbrio e para continuar respaldando a estabilidade do mercado de petróleo em 2019."
A alta dos preços do petróleo durante as seis primeiras semanas do ano perdeu força devido ao temor de que a produção de xisto recorde dos EUA, a desaceleração da economia global e a prolongada disputa comercial entre os EUA e a China possam provocar um acúmulo de petróleo bruto indesejado.
Após a reunião de revisão de 17 e 18 de março, os ministros da chamada aliança Opep+ se reunirão em Viena no mês que vem, e novamente em junho, para decidir sobre a política de produção do segundo semestre do ano. A coalizão abrange 24 nações, incluindo integrantes da Opep e outros produtores, como a Rússia e o Cazaquistão.
Em seu relatório mensal, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo reduziu as projeções para a demanda mundial por petróleo e elevou as projeções de oferta de fora da Opep, particularmente no segundo semestre do ano. Como consequência, indicou o risco de surgimento de um novo excedente no quarto trimestre, mesmo com a queda da produção do grupo como resultado de cortes planejados e involuntários.
Produção de fevereiro
A produção dos 14 membros da Opep caiu 221.000 barris por dia em fevereiro, para 30,55 milhões por dia, segundo o relatório. O número reflete reduções deliberadas da Arábia Saudita, do Iraque e do Kuwait ao implementarem o acordo para equilibrar os mercados, mas o maior declínio individual se deu na Venezuela, que é assolada por turbulências econômicas e por sanções dos EUA.
A produção do país latino-americano caiu 142.000 barris por dia em fevereiro, para pouco mais de 1 milhão de barris por dia, segundo o relatório. A crise do país pareceu entrar em uma nova fase nesta semana, quando apagões generalizados afetaram instalações de produção de petróleo.
Se a Opep mantiver a produção nos níveis atuais, os estoques globais de petróleo deverão sofrer um aperto maior neste trimestre e no próximo, indicou o relatório. Mas um excedente pode ressurgir no quarto trimestre, quando a demanda por petróleo bruto da Opep será cerca de 720.000 barris por dia menor do que a produção atual do grupo.
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