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Americanos desistem de programas de fidelidade de aéreas locais

Eric Rosen

09/04/2019 14h27

(Bloomberg) -- Viajantes americanos há tanto tempo leais às companhias aéreas dos EUA ? como Delta, American Airlines e United ? estão se dando conta de que chegou a hora de mudar.

Na semana passada, foi noticiado que, assim como a Delta, a United implementará valor dinâmico (ou seja, mais caro) para passagens resgatadas em programas de fidelidade. Agora, os passageiros se perguntam se ainda vale a pena acumular milhas nos programas de fidelidade das companhias dos EUA. Outras aéreas do país já desvalorizaram seus programas.

Nos últimos anos, os principais programas de fidelidade mudaram não só o modo de acumular e resgatar milhagem, mas também as exigências para conceder status elite. Conseguir esse status agora significa gastar de US$ 3.000 a US$ 15.000 por ano em passagens aéreas, além de voar entre 25.000 e 125.000 milhas (entre 40.000 e 200.000 quilômetros). Em alguns casos, regatar uma só perna de voo na classe executiva tem o custo astronômico de 465.000 milhas.

Para quem se cansou de tantas alterações nas regras, a alternativa é se fidelizar a uma companhia aérea não americana. Graças a extensas redes de parcerias, é uma estratégia viável até para quem viaja quase sempre dentro dos EUA.

American, Delta e United têm dezenas de parcerias com companhias aéreas, formando alianças como Oneworld e SkyTeam. Isso significa que os passageiros podem creditar viagens feitas em voos das companhias americanas nos programas de milhagem de suas parceiras estrangeiras e resgatar milhas nesses mesmos programas para voar com empresas dos EUA. Pode parecer burocrático, mas não leva mais tempo do que qualquer outro método. Além disso, as condições de acúmulo de pontos e regates são melhores do que nos programas de milhagem dos EUA.

Também é possível converter pontos acumulados em gastos do dia a dia no cartão de crédito e estadias em hotéis em milhas, graças a acordos de transferência celebrados entre diversas companhias aéreas internacionais e programas de pontos em cartões nos EUA. Por exemplo, dá para transferir pontos dos programas da American Express Membership Rewards, Capital One Venture Rewards, Chase Ultimate Rewards, Citi ThankYou Rewards e Marriott Bonvoy para Air France/KLM ou Singapore Airlines.

Essa tática também proporciona outros agrados. Quem tem status ouro junto à United só tem acesso aos lounges da própria United quando pega um voo da Star Alliance. Mas para quem tem status ouro junto a uma companhia aérea como ANA ou Air Canada pode usar os espaços da United (e de outras aéreas associadas à Star Alliance) quando viaja em qualquer classe em qualquer companhia aérea da Star Alliance, inclusive em voos domésticos da United nos EUA.