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Quando um déficit de US$ 240 bi em planos de pensão é positivo

Brandon Kochkodin

11/04/2019 12h22

(Bloomberg) -- Os 200 maiores planos de pensão do S&P 500 registraram um déficit de US$ 240 bilhões no final de 2018. O montante impressiona, mas, na verdade, mostra uma melhora em relação ao rombo de US$ 382 bilhões em 2016.

O nível de financiamento aumentou nos últimos anos devido a incentivos como mudanças na legislação tributária e a um mercado acionário com ganhos recordes. As empresas do S&P 500 fizeram contribuições de US$ 63 bilhões em seus planos de benefício definido em 2017, o nível mais alto desde 2003, segundo um relatório de 2018 do Goldman Sachs Asset Management.

No entanto, o Goldman adverte que muitos planos de pensão corporativos podem ter perdido mais uma vez a chance de obter ganhos ao trocar ações por títulos. Em novo relatório, intitulado Groundhog Day (Feitiço do Tempo), em alusão à comédia de 1993, na qual o personagem de Bill Murray é obrigado a reviver o mesmo dia várias vezes, o Goldman disse que, na última década, as empresas não conseguiram reduzir a exposição ao risco quando houve oportunidade.

Isso pode estar acontecendo agora, segundo o relatório. Como resultado, pode haver uma queda dos níveis de financiamento se o mercado virar. E isso, por sua vez, forçará as empresas a mais uma vez fazer "contribuições adicionais subsequentes" em seus planos de pensão.

"Alguns planos de pensão simplesmente não foram capazes de executar uma estratégia de redução de risco", disse Mike Moran, estrategista de pensões do Goldman. "Não estão preparadas para serem ágeis ou rápidas."

--Com a colaboração de Wei Lu.

Para contatar o editor responsável por esta notícia: Fernando Travaglini, ftravaglini@bloomberg.net