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Startup da liga de futebol pede falência após fracasso com NFL

Jeremy Hill e Eben Novy-Williams

18/04/2019 13h08

(Bloomberg) -- A Alliance of American Football, a liga iniciante que abruptamente quebrou no meio de sua primeira temporada, pediu falência depois de não conseguir uma parceria com a NFL.

A Legendary Field Exhibitions, controladora da liga de oito equipes, reportou passivos em US$ 48,4 milhões e US$ 11,4 milhões em ativos em uma petição fundamentada no Chapter 7 (da lei americana que trata de falências) na quarta-feira no Tribunal de Falências dos EUA em San Antonio, Texas. A AAF afirmou em um comunicado separado que iniciou um processo de liquidação.

"Estamos profundamente desapontados por tomar essa atitude", disse a liga no comunicado. "A AAF foi criada para ser uma liga de futebol dinâmica, para o desenvolvimento profissional, motivada por uma aliança sem precedentes entre jogadores, fãs e partidas. A AAF se esforçou para criar novas oportunidades para jogadores talentosos, treinadores, executivos e funcionários".

A liga foi lançada pelo produtor de TV Charlie Ebersol e pelo executivo, de longa data, da National Football League, Bill Polian, e posteriormente controlada pelo bilionário Tom Dundon, e o pedido de falência foi feito apenas duas semanas após a liga ter parado suas operações, deixando os jogadores sozinhos no meio do caminho.

Dúvidas sobre as condições econômicas da AAF surgiram logo após o impactante fim de semana de abertura da liga. Apenas duas semanas após o início, em meio a relatos de que estava se esforçando para cumprir folha de pagamento, a liga anunciou que Dundon estava investindo US$ 250 milhões, uma iniciativa que faria dele o maior acionista institucional da AAF e o seu presidente. Dundon, que é dono do Carolina Hurricanes, disse no podcast da Bloomberg Business of Sports que só investiu cerca de US$ 70 milhões.

Dundon procurava uma afiliação com a National Football League, um arranjo que permitiria aos jogadores dos times da NFL treinar na AAF. Mas tal acordo nunca se concretizou. A liga precisava de cerca de US$ 20 milhões para chegar ao final de sua primeira temporada, informou o site de notícias ProFootballTalk.

Outros investidores na liga incluíam o Founders Fund de Peter Thiel e o Chernin Group. A liga oficialmente quebrou em 2 de abril, oito semanas depois da temporada. "Não era assim que queríamos que terminasse", disse em um comunicado, "mas também estamos comprometidos em trabalhar com soluções para todas as questões pendentes com o melhor que podemos".

--Com a colaboração de Scott Soshnick e Steven Church.

Repórteres da matéria original: Jeremy Hill em N York, jhill273@bloomberg.net;Eben Novy-Williams em N York, enovywilliam@bloomberg.net