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Consumidores demoram mais para trocar de smartphone nos EUA

Scott Moritz

23/04/2019 15h34

(Bloomberg) -- Os clientes de serviços para smartphones estão ficando mais tempo do que nunca com seus aparelhos antigos.

Essa é a mensagem de Verizon Communications, que disse que sua taxa de atualização atingiu mínima histórica no último trimestre - um prenúncio de tempos difíceis à frente para o iPhone e outros dispositivos.

Confrontados com preços de US$ 1.000 em telefones moderadamente melhorados, os consumidores podem estar esperando novidades sobre as novas redes 5G antes de se comprometerem com novos modelos. Os serviços mais rápidos e mais avançados não serão lançados pelo menos até 2020.

"Mudanças incrementais de um modelo para o outro não foram tão boas assim e não tem sido um incentivo suficiente", disse o vice-presidente financeiro da Verizon, Matt Ellis, em entrevista na terça-feira depois que a empresa informou números de novos clientes menores do que o esperado para o primeiro trimestre. Ele espera que as taxas de reposição diminuam no ano.

A Apple, maior fornecedora de telefones móveis dos EUA, está sob pressão já que as vendas de seu popular aparelho estão diminuindo nos principais mercados. O analista do Wells Fargo, Aaron Rakers, cortou sua previsão para os embarques do iPhone de 44 milhões para 40,4 milhões no segundo trimestre, que termina este mês.

A tendência começou há quase cinco anos, quando as operadoras pressionadas por promoções caras pararam de oferecer aparelhos com grande desconto em troca de planos de serviço de dois anos. Em vez disso, elas comercializaram planos de pagamento parcelado para novos telefones com preços de até US$ 1.000.

Alguns fãs da Apple, que migraram para o iPhone 6 em 2014 e 2015, ano de maiores vendas, dizem que o dispositivo alcançou o pico de design com esse modelo, tornando as atualizações menos necessárias.