Sauditas precisam de petróleo mais caro para garantir superávit
(Bloomberg) -- A Arábia Saudita precisa de preços de petróleo mais altos para financiar os maiores gastos do governo e impulsionar o crescimento econômico, o que poderia desagradar o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
Dados do Fundo Monetário Internacional divulgados nesta segunda-feira mostram que o maior exportador de petróleo do mundo precisaria de cotações de aproximadamente US$ 85 o barril para equilibrar o orçamento este ano, acima da previsão de US$ 73 feita em setembro.
As estimativas destacam uma tarefa complicada para o príncipe Mohammed bin Salman, que busca estreitar os laços com Trump e, ao mesmo tempo, financiar um plano para retomar o crescimento econômico e criar empregos no país. A Arábia Saudita, que reiterou na semana passada seu compromisso de equilibrar as contas públicas até 2023, planeja aumentar os gastos em 7% este ano.
Trump tem pedido repetidamente à Opep que mantenha os preços do petróleo baixos. O presidente americano disse em tuíte na sexta-feira que havia conversado com a Arábia Saudita e outros fornecedores para aumentar a oferta de petróleo.
Muitos dos maiores produtores da Opep e parceiros fora do grupo devem registrar superávit orçamentário se os preços do petróleo subirem além da média de US$ 62 o barril vista até agora este ano. A Arábia Saudita espera que o déficit orçamentário do país diminua para 4,2% do PIB em 2019 comparado aos 4,6% em 2018, uma meta que dependeria de cotações mais altas do petróleo, dizem economistas.
"O ponto de equilíbrio fiscal da Arábia Saudita pode chegar a US$ 95 por barril este ano, mas o FMI provavelmente está considerando maiores transferências de recursos da Saudi Aramco para o Ministério das Finanças", disse Ziad Daoud, economista-chefe da Bloomberg no Oriente Médio.
--Com a colaboração de Alaa Shahine.
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