Aéreas chinesas estudam plano para pedir indenização à Boeing
(Bloomberg) -- As maiores companhias aéreas da China planejam uma iniciativa coordenada para exigir indenizações da Boeing, devido aos problemas causados pela suspensão dos voos com o modelo 737 Max da fabricante americana de aeronaves, disseram pessoas com conhecimento do assunto.
A Air China, China Southern Airlines e China Eastern Airlines estudam opções legais sobre como coordenar suas queixas, segundo as pessoas, que pediram para não serem identificadas porque os planos ainda são confidenciais. As negociações são preliminares e podem não resultar em um acordo, disseram as pessoas.
As "três grandes" aéreas estatais da China têm poder de fogo. As empresas operam 53 dos 96 aviões Max atualmente fora de operação no país, segundo dados da VariFlight, uma empresa chinesa de estatísticas de aviação. As empresas também responderam por 65% dos passageiros que voaram em companhias aéreas chinesas em 2018, segundo a Administração de Aviação Civil da China.
Uma iniciativa coordenada poderia dar às companhias aéreas mais força para obter concessões, diante da crescente influência da China no mundo da aviação. O regulador do país foi a primeira grande autoridade a suspender em março os voos com o 737 Max, campeão de vendas da Boeing, apesar das avaliações feitas pela autoridade americana de aviação na época de que o avião estava em condições de voar, quebrando uma tradição de décadas entre os reguladores de segurança aérea.
Representantes da China Oriental, Air China, China Southern e Boeing não quiseram comentar.
Aéreas chinesas como Xiamen Airlines, Hainan Airlines, Shenzhen Airlines e Shandong Airlines também receberam encomendas do modelo Max, enquanto Ruili Airlines, Donghai Airlines e Ok Airways aguardam seus primeiros jatos.
--Com a colaboração de Kyunghee Park.
To contact Bloomberg News staff for this story: Yan Zhang em Pequim, yzhang1044@bloomberg.net;Haze Fan em Beijing, hfan40@bloomberg.net;Benjamin D. Katz em London, bkatz38@bloomberg.net
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