Brasil ajuda na queda da popularidade de caixas eletrônicos
(Bloomberg) -- Na esteira da crise econômica, Paul Volcker disse que caixas automáticos eram a grande inovação financeira para a melhora da sociedade. Uma década depois, sua popularidade está diminuindo.
O número de caixas eletrônicos em todo o mundo caiu pela primeira vez no ano passado, com os bancos fechando filiais e redirecionando recursos para pagamentos digitais, informou a consultoria RBR em um estudo divulgado na segunda-feira. Os declínios em quatro dos cinco maiores mercados do mundo - China, EUA, Japão e Brasil - puxaram a queda de 1% dos caixas eletrônicos em 2018. Na quinta posição, o mercado da Índia viu um desaceleração considerável no crescimento, disse a RBR, com sede em Londres.
Os clientes do banco estão recorrendo cada vez mais a seus telefones celulares para serviços financeiros de rotina, forçando os bancos a repensar o equilíbrio entre as estratégias físicas e digitais. JPMorgan Chase, o maior banco dos EUA, reduziu suas filiais em 2% no ano passado, ao mesmo tempo em que destinou US$ 10,8 bilhões para a tecnologia. O banco viu um aumento de 5% de seus clientes digitais ativos e um ganho de 11% em clientes móveis ativos.
Enquanto a contagem mundial de caixas eletrônicos caiu pela primeira vez, a mudança para longe das máquinas não é um fenômeno novo. Ainda assim, nem todo ano haverá uma queda como no ano passado. O crescimento nos caixas eletrônicos nos mercados em desenvolvimento deve desacelerar o declínio, de acordo com a RBR. A empresa espera que o número global de máquinas bancárias recue apenas 0,6% nos próximos seis anos.
"Iniciativas de inclusão financeira continuam impulsionando o crescimento de ATMs em mercados em desenvolvimento na Ásia-Pacífico, Oriente Médio e África e na América Latina", disse a RBR em um comunicado
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