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G-20 ainda está aquém da meta para eliminar energia a carvão

Brian Parkin

21/05/2019 14h43

(Bloomberg) -- Enquanto Grã-Bretanha, Itália e França lideram os esforços do Grupo das 20 maiores economias do mundo para eliminar o carvão, o progresso do resto do bloco está aquém das expectativas, segundo um novo relatório.

Os países do G-20 reduziram o uso de carvão como fonte primária de energia em apenas 0,9% no período 2012-2017, segundo a Climate Transparency, que reúne cerca de 14 grupos de defesa do meio ambiente em todo o mundo. A China, Índia e Turquia planejam aumentar a produção de energia a carvão equivalente à capacidade total de geração da Alemanha e da França.

Uma redução quase total do carvão e outras fontes de energia fóssil no mercado global é necessária até 2050, incluindo um corte de dois terços até 2030, a fim de cumprir as metas do acordo climático de Paris, disse a Climate Transparency, citando o relatório de 2018 do Intergovernamental Panel on Climate Change.

Protestos na América do Norte e na Europa, onde as greves estudantis "Sextas-feiras para o Futuro" que exigem ações ambientais são predominantes, ainda precisam sensibilizar a Ásia, onde a energia a carvão se desenvolve mais rapidamente. Embora o Acordo de Paris tenha apoio global, precisa ser referendado por uma ação conjunta dos países do G-20 para atingir seus objetivos, disse o grupo.

A maioria das usinas a carvão é financiada por instituições dos países do G-20, com a China, o Japão e a Coreia do Sul sendo os maiores provedores de investimentos e empréstimos, que são parcialmente transacionados por bancos de desenvolvimento estatais, disse a Climate Transparency. Algumas dessas instituições continuam a financiar projetos a carvão no exterior, apesar das promessas de acabar com a energia a carvão no mercado interno, segundo o relatório.