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Voo mais longo do mundo deve ser menos confortável que o esperado

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Imagem: Divulgação

Angus Whitley

03/06/2019 08h00

(Bloomberg) -- O voo mais longo do mundo deve ser ainda menos confortável do que o esperado --isso se a maratona de 20 horas sem escalas entre Sydney e Londres realmente decolar.

A Qantas Airways desistiu da ideia de instalar beliches, camas, uma academia ou até mesmo uma creche para que os passageiros aguentem o voo comercial mais longo do mundo. Em vez disso, a companhia aérea vai criar um espaço para que os passageiros estiquem as pernas e bebam água, disse o CEO da Qantas, Alan Joyce, na segunda-feira em Seul.

O nível de conforto mais espartano destaca o desafio da Qantas ao tentar romper o que chama de última fronteira da aviação. Também existem outras barreiras: Joyce disse que os aviões sugeridos pela Boeing e Airbus para os voos ultralongos podem completar a distância, mas nenhum deles pode transportar o peso inicialmente proposto pela Qantas.

Falando a repórteres em Seul na reunião anual de CEOs de companhias aéreas, Joyce disse que ainda precisa que os pilotos da Qantas aceitem as jornadas de trabalho mais longas dos voos ultralongos.

A Qantas espera receber propostas finais de aeronaves da Boeing e da Airbus até agosto, que incluem o preço do avião, bem como garantias de eficiência de combustível, custos de manutenção e confiabilidade. Joyce disse que vai encomendar os jatos no fim do ano se decidir operar esses voos, chamados na Qantas como Project Sunrise.

A Qantas disse que avalia o Airbus A350 de longo alcance e o 777X da Boeing. A Boeing ou a Airbus entregariam a aeronave em 2022, e os primeiros voos começariam em 2023, disse.

Ainda assim, há pouca margem para erro. Por exemplo, a rota Sydney-Londres não poderá transportar frete extra, disse Joyce. Voos diretos para Nova York a partir de Sydney são mais viáveis, acrescentou.

A Qantas planeja lançar uma rede de voos diretos ultralongos conectando a costa leste da Austrália com a América do Sul, África do Sul e América do Norte, já que as crescentes cotações de petróleo pressionam as margens de lucro.

Joyce disse que os aviões terão áreas para passageiros de primeira classe, executiva, econômica premium e econômica.

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