Morgan Stanley vê corte da Selic impulsionar ações domésticas
(Bloomberg) -- Os investidores que buscam tirar proveito de uma esperada redução na taxa básica de juros no Brasil devem ficar de olho nas empresas que são mais sensíveis à economia doméstica, segundo o Morgan Stanley.
"No curto prazo, o começo de um novo ciclo de flexibilização monetária deve beneficiar as ações voltadas para o mercado doméstico, especialmente empresas com maior alavancagem financeira e necessidades de financiamento em geral", escreveram estrategistas do Morgan Stanley, liderados por Guilherme Paiva, em relatório de 29 de julho.
Oi, Marfrig, Light, Cyrela e CVC são os papéis que mais devem se beneficiar da queda de juro, segundo o Morgan Stanley. Os estrategistas do banco também citam Cemig, Atento, BRF, GPA, AES Tietê, JBS, Iguatemi, Anima, Lojas Marisa e Iochpe Maxion como potenciais ganhadores.
O Banco Central deve iniciar um novo ciclo de corte de juros nesta quarta-feira, com o avanço da reforma da Previdência no Congresso, o cenário benigno para inflação e a atividade econômica mais fraca do que o esperado levando os economistas a projetarem uma queda da taxa Selic para abaixo dos atuais 6,50%. A Selic deve encerrar o ano a 5,50%, segundo pesquisa semanal Focus.
A perspectiva de juro em queda tem sustentado o otimismo de estrategistas de ações com a bolsa brasileira, em meio a expectativas de que o fluxo para fundos multimercados e de ações deve acelerar. O Morgan Stanley acredita que o Ibovespa deve chegar a 120.000 pontos -- cenário otimista do banco -- em meados de 2020, de acordo com Paiva.
Para contatar o editor responsável por esta notícia: Marisa Castellani, mcastellani7@bloomberg.net
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