WeWork avança com planos de IPO e tenta limitar controle de CEO
(Bloomberg) -- A WeWork avança com os planos de uma oferta pública inicial e anunciou uma série de mudanças em governança para recuperar o valor da empresa e combater as críticas de que teria dado muito poder a um cofundador.
A empresa de coworking vai reduzir o poder de voto que dá ao presidente da WeWork, Adam Neumann, uma vantagem sobre o conselho de administração, e nenhum membro de sua família poderá ter um assento no conselho, segundo comunicado ao mercado divulgado na sexta-feira. A WeWork também vai anunciar um diretor independente até o fim do ano.
As medidas visam proporcionar aos possíveis investidores uma forma de limitar o controle de Neumann sobre a empresa. Mas a rara estrutura de três classes de ações foi mantida e Neumann ainda detém voto majoritário; portanto, não está claro o quanto as mudanças irão agradar aos investidores e aos bancos encarregados de coordenar o IPO da WeWork.
A WeWork, que possui espaços próprios e alugados em edifícios comerciais, aluga mesas para empresas de diversos portes, desde startups a grandes corporações. A empresa captou mais de US$ 12 bilhões desde sua fundação, há nove anos, e nunca teve lucro.
A WeWork tinha planos de realizar um IPO para captar cerca de US$ 3,5 bilhões em setembro, disseram pessoas com conhecimento do assunto em julho. Uma listagem desse porte ficaria atrás apenas do IPO do Uber Technologies, que levantou US$ 8,1 bilhões este ano.
--Com a colaboração de Michelle F. Davis, Anders Melin e Tom Giles.
Para contatar a editora responsável por esta notícia: Daniela Milanese, dmilanese@bloomberg.net
Repórteres da matéria original: Gillian Tan em NY, gtan129@bloomberg.net;Giles Turner em Londres, gturner35@bloomberg.net
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