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Magnata russo convida turistas para visitar sua siderúrgica

Yuliya Fedorinova

19/09/2019 14h15

(Bloomberg) -- O bilionário russo Alexey Mordashov está oferecendo uma nova atração para turistas que procuram algo diferente da catedral de São Basílio e do Hermitage de São Petersburgo: sua siderúrgica em Cherepovets, sua cidade natal.

Após o início de uma reforma de US$ 8 milhões projetada pelo estúdio de Artemy Lebedev - responsável pelo novo design do mapa do metrô de Moscou -, a Severstal, controlada por Mordashov, abriu as portas da usina em julho. Grupos pagam menos de US$ 12 por pessoa, enquanto um passeio individual pode custar mais de US$ 170, incluindo uma visita a uma nova galeria de 30 metros e a um museu de metalurgia.

Mordashov também está impulsionando seu império com o empreendimento turístico. A companhia aérea da Severstal oferece conexões com a cidade, enquanto a agência de viagens TUI - na qual a família de Mordashov é a maior investidora - está promovendo passeios à siderúrgica.

No tour "Cherepovets", os turistas também podem conhecer a casa de um pintor, um mosteiro e um museu com uma visita ao alto-forno. Turistas mais jovens com destino à histórica região de Vologda também podem visitar a casa do "Pai Frost", o Papai Noel da Rússia, na cidade de Veliky Ustyug.

Mordashov tem boas razões para promover Cherepovets: depois de se formar em 1988, voltou a trabalhar como economista na siderúrgica e agora sua participação na Severstal responde por mais da metade de seu patrimônio líquido, de cerca de US$ 19,3 bilhões.

Embora Mordashov tenha uma residência na cidade, a iniciativa vai além da nostalgia de um bilionário por suas origens mais humildes. O turismo regional russo quadruplicou nos cinco anos até 2018, de acordo com estatísticas federais.

Os passeios também pretendem melhorar o apelo de uma carreira na indústria siderúrgica da Rússia, que sofre com a escassez de mão de obra qualificada, segundo uma porta-voz da Severstal.

"O estereótipo de que a metalurgia é uma indústria muito conservadora, onde os processos não mudam ao longo dos anos e não há lugar para inovações e tecnologias digitais, realmente nos afeta", disse a porta-voz.

Para contatar a editora responsável por esta notícia: Daniela Milanese, dmilanese@bloomberg.net