Amazon fecha parceria com varejista chinesa para Black Friday
(Bloomberg) -- A Amazon.com conta com um aplicativo de smartphone conhecido pelas barganhas para atrair consumidores chineses durante as compras on-line da Black Friday, em uma parceria programada até o fim do ano.
A divisão internacional da gigante de comércio eletrônico acaba de abrir uma vitrine na Pinduoduo, terceira maior varejista da China depois do Alibaba e JD.com.
A partir de 28 de novembro, a promoção de três dias oferecerá aos consumidores chineses uma gama de produtos internacionais, desde fórmula infantil australiana até relógios de luxo e consoles Nintendo Switch. Algumas marcas já estão disponíveis para pré-venda, inspirada na onda de compras anual dos EUA.
A PDD e a Amazon disseram que a parceria continua até o fim de dezembro. Em comunicado, a Amazon disse que a loja na PDD fornecerá cerca de 1 mil produtos de marcas estrangeiras.
Em julho, a Amazon fechou seu marketplace na China, em mais um exemplo de como empresas de tecnologia dos EUA enfrentam dificuldades para competir com os chineses. A empresa ainda administra negócios na China, como os e-books Kindle e operações internacionais no país. O Kindle possui lojas próprias no Tmall, do Alibaba, JD e PDD.
Embora os consumidores chineses estejam acostumados a esbanjar durante os festivais de compras criados por gigantes do varejo local, também buscam pechinchas de produtos estrangeiros durante a Black Friday. A parceria deve ajudar a Amazon a atrair meio bilhão de compradores ativos anuais do aplicativo da PDD.
A promoção segue o Dia dos Solteiros, promovido pelo Alibaba em 11 de novembro, que superou a Black Friday e se tornou o maior evento de compras do mundo. O Alibaba registrou US$ 38 bilhões em compras durante a maratona de 24 horas deste ano. JD e PDD também lançaram campanhas semelhantes nessa data.
"A ação funciona desproporcionalmente a favor da Pinduoduo", disse Michael Norris, gerente de pesquisa e estratégia da consultoria chinesa Shanghai Agency. Segundo ele, a estratégia confirma o argumento da empresa de que é um "espaço para os consumidores comprarem produtos de marca e acelera os planos internos para serem ativos no comércio eletrônico" global.
--Com a colaboração de Matt Day.
Para contatar o editor responsável por esta notícia: Daniela Milanese, dmilanese@bloomberg.net
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