Desafios do Uber em Londres marcam reação global contra setor
O Uber Technologies e seus rivais transformaram o transporte global, aproveitando a falta de regulamentação para impulsionar uma forte expansão. Mas reguladores decidiram apertar o cerco.
Na segunda-feira, a autoridade de transportes de Londres proibiu as operações do Uber na cidade pela segunda vez, citando preocupações com a segurança dos clientes depois de identificar falhas no aplicativo, que permitiram a motoristas falsificarem suas identidades em milhares de viagens.
A decisão mostra um maior escrutínio regulatório sobre a segurança dos passageiros, uma nova frente em uma onda global de críticas que se concentrou nos direitos dos motoristas. O Uber não incomoda apenas na Europa.
A empresa também enfrenta problemas relacionados a uma agressão sexual e a um acidente fatal envolvendo um carro autônomo. Nos EUA, a rival Lyft está na mira de autoridades em São Francisco devido à ocorrência de casos de agressão sexual, e a Didi é alvo de críticas de órgãos reguladores da China por causa de seu histórico de segurança.
A pressão cada vez maior atinge o cerne do modelo de negócios de empresas de transporte por aplicativo, que frequentemente operam com prejuízo com a oferta de serviços mais baratos do que táxi tradicionais para conquistar usuários e expandir rapidamente em novos mercados. Isso torna as empresas particularmente vulneráveis ao aumento de custos associados a novos regulamentos. E também assusta investidores.
As ações do Uber acumulam baixa de 34% desde a abertura de capital em maio. A rival Lyft também mostra queda de cerca de 32% desde sua oferta pública inicial em março.
"O show de horrores de más notícias desde o IPO continua para o Uber", disseram em relatório os analistas Ygal Arounian e Daniel Ives, da Wedbush Securities, em Nova York.
Representantes do Uber e da Lyft não responderam imediatamente pedidos de comentário.
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