Com alta de 208%, Minerva lidera rali global de proteína
(Bloomberg) — Com uma grande fatia do mercado de carne bovina chinês, a Minerva registra a melhor performance entre as ações do setor de proteína ao redor do mundo, em meio ao boom da indústria impulsionado pela peste suína africana na Ásia.
Os papéis da empresa mais do que triplicaram em valor neste ano, oferecendo aos investidores três vezes o retorno médio em relação aos pares globais e superando grandes players como JBS e Tyson Foods.
A Minerva pode não ser um nome familiar, mas é a maior exportadora de carne bovina da América do Sul, com operações no Brasil, Argentina e Uruguai. A América do Sul respondeu por 70% das importações chinesas de carne bovina em 2019, e a Minerva possui participação de 21% no total de exportações da região, com quase metade da capacidade destinada à China. A empresa ganha cada vez mais espaço no mercado chinês, fazendo parcerias locais para obter acesso mais direto aos clientes.
Essa perspectiva está transformando a Minerva em uma máquina de fazer dinheiro. A peste suína africana puxa as importações da China e os preços globais em um momento de alta do dólar, negociado perto do nível recorde em relação ao real. Produtores brasileiros estão em vantagem para aproveitar os benefícios da peste suína, já que nos EUA o setor sente o impacto da guerra comercial com a China e a oferta de gado permanece baixa na Austrália.
Assim, a empresa acelera a redução da dívida e aumenta a atratividade das ações. Mesmo com a alta acumulada de 208% neste ano, as ações da Minerva são negociadas cerca de 10 vezes o lucro estimado, abaixo da média de 15 vezes de um grupo de concorrentes.
"Poucas vezes vimos uma estratégia de longo prazo compensar de forma tão generosa e rápida quanto a Minerva neste ano", escreveu Thiago Duarte, analista do BTG Pactual, destacando a Minerva como uma das empresas favoritas do setor. Na terça-feira, o Bank of America incluiu a ação em seu portfólio de Brasil.
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