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Com ferro-velho e cosméticos, ricos ganham US$ 1,2 trilhão em 2019

Getty Images
Imagem: Getty Images

Tom Metcalf e Jack Witzig

27/12/2019 13h05

A expansão de uma gigante presença nas redes sociais, uma música pegajosa sobre uma família de tubarões e uma coleção crescente de ferros-velhos são apenas algumas das maneiras curiosas que ajudaram a tornar 2019 um ano fértil para fortunas em todo o mundo.

Kylie Jenner tornou-se a mais jovem bilionária este ano depois que sua empresa, a Kylie Cosmetics, fechou uma parceria exclusiva com a Ulta Beauty. Jenner vendeu uma participação de 51% por US$ 600 milhões.

Faz quase dois meses desde que o Washington Nationals conquistou seu primeiro campeonato da World Series, mas pessoas de todo o mundo ainda cantam o grito de guerra adotado pelo time de beisebol: "Baby Shark, doo-doo-doo-doo-doo-doo". A família coreana que ajudou a popularizar a canção agora vale cerca de US$ 125 milhões.

Até acidentes de carro acabaram se transformando num tesouro. Willis Johnson, o nativo de Oklahoma que fundou a Copart, acumulou uma fortuna de US$ 1,9 bilhão ao montar uma rede de ferros-velhos para vender automóveis danificados.

Ricos ficam cada vez mais ricos

As 500 pessoas mais ricas do mundo rastreadas pelo Índice de Bilionários Bloomberg ganharam US$ 1,2 trilhão este ano, um aumento de 25% do patrimônio líquido total, para US$ 5,9 trilhões.

Tais ganhos certamente esquentarão o debate já acalorado sobre o aumento da riqueza e da desigualdade de renda. Nos Estados Unidos, os 0,1% mais ricos controlam uma fatia maior do bolo do que em qualquer outro momento desde 1929, levando alguns políticos a pedirem uma reestruturação radical da economia.

Os principais ganhos de 2019 foram registrados pelo francês Bernard Arnault, que ganhou US$ 36,5 bilhões e subiu no índice Bloomberg para se tornar a terceira pessoa mais rica do mundo e um dos três centibilionários - aqueles com patrimônio líquido de pelo menos US$ 100 bilhões.

Ao todo, apenas 52 pessoas no ranking registraram queda do patrimônio no ano. Jeff Bezos, fundador da Amazon.com, perdeu quase US$ 9 bilhões, mas a queda é explicada pelo acordo de divórcio com MacKenzie Bezos. O titã do comércio eletrônico ainda está terminando o ano como a pessoa mais rica do mundo.

Vencedores de 2019

Os 172 bilionários americanos do ranking da Bloomberg ganharam US$ 500 bilhões. Mark Zuckerberg, fundador do Facebook, aumentou a fortuna em US$ 27,3 bilhões, enquanto o cofundador da Microsoft, Bill Gates, agora tem US$ 22,7 bilhões a mais.

A representação da China continuou a crescer, com 54 bilionários, perdendo apenas para os EUA. He Xiangjian, fundador do maior exportador de ar-condicionado da China, foi o destaque: sua fortuna aumentou 79%, para US$ 23,3 bilhões.

Os mais ricos da Rússia ganharam ao todo US$ 51 bilhões, um aumento de 21%, com a recuperação de ativos de mercados emergentes em 2019, como moedas, ações e títulos, após as grandes perdas no ano anterior.

(Com a colaboração de Alexander Sazonov.)