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Aviva planeja grupo de finanças climático em cúpula da ONU

Alastair Marsh

20/02/2020 15h56

(Bloomberg) -- A cúpula climática das Nações Unidas, que será realizada no fim deste ano em Glasgow, tem sido considerada um possível marco na luta global contra as mudanças climáticas. Steve Waygood espera que também seja um momento significativo diante das iniciativas para financiar a transição para um mundo de baixo carbono.

Waygood, que é diretor de investimento responsável da Aviva Investors, gestora de ativos do Reino Unido, trabalha com um grupo de ONGs, consultores e outras empresas de investimento na criação de um painel internacional sobre financiamento climático para aconselhar estados membros da ONU sobre o financiamento da transição."Quando soubemos que a COP26 seria realizada no Reino Unido, começamos a pensar no que poderíamos ajudar para começar a gerar o tipo de dinheiro necessário em escala", disse Waygood em entrevista por telefone. "Precisamos permitir a transição e garantir que os principais mercados de capitais sejam incorporados ao mix."

A COP26, a cúpula de novembro que será realizada na cidade mais populosa da Escócia, deve ser um grande evento, porque os signatários do acordo climático de Paris de 2015 terão alcançado o prazo de cinco anos para revisar suas promessas de redução das emissões de carbono e poderão definir metas mais ambiciosas. A mobilização dos mercados financeiros para apoiar a transição foi um objetivo fundamental do acordo de Paris. Também tem sido catalisador para muitos dos maiores proprietários de ativos e gestores de recursos do mundo na promessa de colocar seus vastos recursos por trás do esforço para limitar o aquecimento global.A Aviva apresentou a ideia de um painel de financiamento climático no ano passado em relatório intitulado "Um plano Marshall para Salvar o Planeta" em referência ao plano de recuperação dos EUA para a Europa após a Segunda Guerra Mundial. Waygood disse que agora trabalha na formação de uma coalizão formal com os apoiadores do projeto e na resolução de detalhes como, por exemplo, como seria governado, financiado e onde seria o domiciliado.

O projeto visa ajudar estados membros da ONU a cumprir uma cláusula-chave do acordo climático de Paris de 2015 e garantir que o fluxo de financiamento seja consistente com o objetivo de limitar o aumento da temperatura média global para bem menos de 2 graus Celsius. O painel pretende propor uma "política de mercado de capitais direcionada", "intervenções de investimento" aos estados membros da ONU e também oferecerá conselhos sobre planos nacionais de captação de recursos.

Para contatar o editor responsável por esta notícia: Daniela Milanese, dmilanese@bloomberg.net