Traders de Londres bloqueada ainda precisam ir para mesas vazias
(Bloomberg) -- Quando o Reino Unido decidiu adotar restrições de mobilidade sem precedentes em tempo de paz, um grupo de profissionais de finanças ainda teve que ir ao escritório.
Deutsche Bank e Credit Suisse providenciaram cartas a "funcionários críticos", caso autoridades exigissem documentação para explicar por que estavam circulando. O Barclays decidiu pagar viagens de Uber para que alguns funcionários evitassem o transporte público. O UniCredit verifica se os empregados têm febre.
Bancos ainda precisam de operadores na linha de frente para enfrentar as oscilações em praticamente todas as classes de ativos. A pressão das consequências do coronavírus e a resposta dos formuladores de políticas - quão profunda será a recessão global? - alimentaram o caos no mercado.
Não houve necessidade de que os altos escalões mudassem de comportamento após o anúncio do primeiro-ministro Boris Johnson de que todo deslocamento desnecessário de pessoas está proibido por pelo menos três semanas. Esses executivos trabalham remotamente há semanas diante da propagação da pandemia de coronavírus em grande parte da Europa
Em contraste com a crise financeira de uma década atrás, quando grupos de banqueiros e formuladores de políticas se aglomeravam para resgatar o sistema financeiro, as melhores práticas agora obrigam os principais atores a se comunicarem sem linguagem corporal ou levantar a sobrancelha.
"Grande parte da gestão de crises consiste no olho no olho", diz Philip Hampton, nomeado presidente do conselho do Royal Bank of Scotland depois que o banco foi socorrido em 2008. "Em uma crise, muitas vezes você precisa reunir tudo e trabalhar a noite toda. Você tem que estar lá com os advogados e os documentos contratuais e não vejo como tudo isso pode ser feito remotamente."
©2020 Bloomberg L.P.
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