Fundo do JPMorgan prevê ganhos para ações de mercados emergentes
(Bloomberg) -- Um investidor que tem consistentemente superado pares que apostam em ações de países em desenvolvimento diz que essa classe de ativos nunca pareceu tão promissora.
Leon Eidelman, cujo fundo JPMorgan Emerging Markets Equity, com US$ 7,4 bilhões em ativos, superou 96% dos pares ao longo de cinco anos, disse que a empresa prevê retornos anualizados de 18% para uma cesta de cerca de 1.200 ações de países em desenvolvimento nos próximos cinco anos. O modelo de retorno esperado do JPMorgan subiu para uma máxima histórica no mês passado. Também atingiu o pico antes de um rali em 2016. Eidelman diz que seu fundo, que tem cerca de metade do dinheiro alocado na China e na Índia, terá desempenho ainda melhor.
Cerca de 19% de seu portfólio está investido em quatro empresas asiáticas de tecnologia: Alibaba, Tencent, Taiwan Semiconductor Manufacturing e Samsung Electronics, segundo documentos regulatórios mais recentes compilados pela Bloomberg. A proporção ainda é um pouco menor do que o peso dessas empresas no índice de referência MSCI EM.
"Nossa visão é a de que, nos próximos cinco anos, essas empresas crescerão ainda mais", disse Eidelman, que trabalha em Nova York.
O fundo administrado pelo gestor, que acumula queda de 18% neste ano, mas ainda supera 75% dos pares, escapou do caos nos mercados de petróleo ao evitar ações do setor. Eidelman disse que prefere empresas focadas em tecnologia, incluindo a farmacêutica de Xangai WuXi Biologics Cayman bem como a plataforma de compras on-line Meituan Dianping, de Pequim, e a empresa de comércio eletrônico MercadoLibre, de Buenos Aires.
O lucro por ação dos componentes do índice MSCI Emerging Markets estimado nos próximos 12 meses foi reduzido em 17% desde o início do ano, de acordo com dados compilados pela Bloomberg.
O gestor do JPMorgan faz parte do coro de investidores e estrategistas, como GMO, Research Affiliates, e Natixis Investment Managers, que destacaram ao valor de ações de mercados emergentes após o pior trimestre do índice de referência desde a crise financeira de 2008. O otimismo de Eidelman é alimentado por suas previsões de crescimento de lucros, dividendos e desempenho cambial, além de valuations baratos de muitas ações de países em desenvolvimento.
Ele disse que as duas principais economias do mundo, EUA e China, estão mais bem preparadas para se recuperar rapidamente do coronavírus. No caso dos EUA, porque o dólar é a moeda de reserva global, e a China porque as autoridades foram capazes de impor paralisações sem a disputa política vista em outras nações.
©2020 Bloomberg L.P.
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