Starbucks vê perda de US$ 3,2 bi com vírus e monta novo formato
A Starbucks calcula que a pandemia do coronavírus reduzirá o faturamento neste trimestre em até US$ 3,2 bilhões, piorando o desempenho da rede de cafés, que espera que a recuperação se estenda até o próximo ano.
Como outras operadoras de restaurantes, a empresa tem dificuldades para fazer projeções oficiais, mas hoje avisou que espera divulgar um prejuízo ajustado de 55 a 70 centavos de dólar por ação quando apresentar o próximo balanço. O lucro operacional diminuirá em até US $ 2,2 bilhões no período, segundo comunicado.
A projeção destaca o tamanho dos desafios de empresas voltadas para o consumidor devido ao surto de coronavírus e às medidas de isolamento social no mundo todo. A companhia de café, que está explorando novas formatos de lojas para estimular a demanda, é observada de perto, como uma referência para quanto a clientela está disposta a sair de casa e abrir a carteira ao passo que a pandemia perde força.
"Esses números são muito piores do que Wall Street previa", disse Michael Halen, analista sênior para restaurantes da Bloomberg Intelligence. "As pessoas esperam alguma retomada insana, que não vai se concretizar nos restaurantes."
Nos EUA, o crítico mercado original da rede, as vendas comparáveis caíram 43% em maio, mas a situação melhora a cada semana, segundo a Starbucks. Cerca de 95% das lojas da companhia nos EUA estão operando atualmente, embora muitas unidades em Nova York permaneçam fechadas. É um contraste com a China, outro mercado crítico e mais adiantado no percurso de recuperação após a pandemia. Por lá, 99% das lojas estão abertas e as vendas em mesmas lojas recuaram apenas 21% em maio.
Embora as vendas tenham caído, os frequentadores da Starbucks estão gastando mais durante a pandemia e o pedido médio inclui mais itens, segundo a empresa. A expectativa é de normalização com o tempo.
Preferências "em evolução"
A Starbucks planeja acelerar o lançamento do conceito de buscar produtos nas lojas, com unidades menores que não oferecem assentos aos clientes. "Planejávamos originalmente executar essa estratégia ao longo de um período de três a cinco anos, mas a rápida evolução das preferências dos clientes acelerou a necessidade desse conceito."
A pandemia obrigou a Starbucks a repensar seu conceito central como "terceiro lugar" do cliente para relaxamento, longe do trabalho e de casa, segundo comunicado.
A empresa espera abrir um número líquido de 300 novas lojas nas Américas neste ano fiscal, metade da estimativa anterior. O dado inclui o fechamento de 400 lojas operadas pela própria empresa nos próximos 18 meses, além da inauguração de um "maior número de novas lojas reposicionadas em diferentes locais e formatos inovadores".
Na China, a companhia está a caminho de adicionar pelo menos 500 novas lojas líquidas neste ano fiscal, apesar do impacto do vírus. A Starbucks também reavalia as operações no Canadá e planeja reestruturar seus negócios por lá nos próximos dois anos. A empresa informa que pode fechar mais 200 lojas no país, com algumas mudando de localização.
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