Milhares de argentinos lotam as praias de um Brasil mais barato
Carlota Ciudad.
Rio de Janeiro, 21 jan (EFE).- A queda do real e as facilidades para comprar no exterior bancadas pelo novo governo da Argentina se transformaram na combinação perfeita para que milhares de argentinos encham as praias do Brasil nesse verão.
O governo argentino prevê que, antes que acabe a temporada, mais de dois milhões de argentinos, 30% a mais que o ano anterior, visitem o Brasil, disseram à Agência Efe fontes consulares.
Os destinos mais procurados são Florianópolis, Rio de Janeiro e praias do nordeste em estados como Bahia a Natal.
Tanto a Embratur como o consulado argentino no Rio de Janeiro apontam que a desvalorização do real teve um papel predominante na escolha do Brasil como destino de verão entre os argentinos, superando Miami como destino favorito pela primeira vez em vários anos.
O real barato - que se desvalorizou 48% frente ao dólar em 2015 - criou o cenário perfeito para estrangeiros de várias nacionalidades.
Segundo dados da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (ABIH), apenas no Rio de Janeiro se passou de 40% de hóspedes internacionais para 55%.
Até agora, neste verão, 20% dos turistas chegados ao Brasil são argentinos, 12,5% americanos e 6,7% franceses, segundo o Ministério do Turismo.
Além disso, o governo espera registrar um aumento de 30% dos turistas estrangeiros provenientes do Mercosul, fruto de um aumento em suas campanhas de promoção nestes países.
No entanto, para os argentinos a melhoria de preços não foi tão palpável como para outros estrangeiros, já que a desvalorização do peso se acelerou nos últimos meses com as medidas de liberalização da economia impulsionadas pelo presidente Mauricio Macri.
O cônsul adjunto argentino no Rio, Gonzalo Fernández Suárez, relatou à Efe outros fatores que favoreceram o aumento do fluxo de turistas, como a possibilidade de pagar a viagem em parcelas, a retirada do proibitivo 35% do imposto por compras com cartão no exterior e o fim das restrições para a compra de dólares.
Estas duas últimas medidas, aprovadas em dezembro, foram o toque final para que os argentinos se decidissem pelo Brasil.
Para atender à demanda, a empresa Aerolíneas Argentinas disponibilizou mais voos em direção a todo o território brasileiro, especialmente para Salvador, saindo das cidades de Buenos Aires, Mendoza, Rosário e Córdoba.
Do mesmo modo, as autoridades argentinas detectaram um aumento do fluxo de veículos no sul do Brasil, que antes só se percebia em finais de semana e que agora se pode observar também durante os demais dias.
Em sua maioria, os que viajam por estrada buscam as praias do estado de Santa Catarina, onde o governo estadual espera a chegada de 950.000 argentinos por via terrestre, do total de 1,5 milhão que calcula que receberá até fevereiro.
Outro dado que põe em evidência a avalanche argentina rumo ao Brasil foi o grande aumento do número de consultas e trâmites realizados no consulado desse país no Rio.
Na primeira quinzena do ano, o consulado entregou uma porcentagem 275% maior de documentos após perdas ou roubos a turistas em relação ao mesmo período do ano passado.
Rio de Janeiro, 21 jan (EFE).- A queda do real e as facilidades para comprar no exterior bancadas pelo novo governo da Argentina se transformaram na combinação perfeita para que milhares de argentinos encham as praias do Brasil nesse verão.
O governo argentino prevê que, antes que acabe a temporada, mais de dois milhões de argentinos, 30% a mais que o ano anterior, visitem o Brasil, disseram à Agência Efe fontes consulares.
Os destinos mais procurados são Florianópolis, Rio de Janeiro e praias do nordeste em estados como Bahia a Natal.
Tanto a Embratur como o consulado argentino no Rio de Janeiro apontam que a desvalorização do real teve um papel predominante na escolha do Brasil como destino de verão entre os argentinos, superando Miami como destino favorito pela primeira vez em vários anos.
O real barato - que se desvalorizou 48% frente ao dólar em 2015 - criou o cenário perfeito para estrangeiros de várias nacionalidades.
Segundo dados da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (ABIH), apenas no Rio de Janeiro se passou de 40% de hóspedes internacionais para 55%.
Até agora, neste verão, 20% dos turistas chegados ao Brasil são argentinos, 12,5% americanos e 6,7% franceses, segundo o Ministério do Turismo.
Além disso, o governo espera registrar um aumento de 30% dos turistas estrangeiros provenientes do Mercosul, fruto de um aumento em suas campanhas de promoção nestes países.
No entanto, para os argentinos a melhoria de preços não foi tão palpável como para outros estrangeiros, já que a desvalorização do peso se acelerou nos últimos meses com as medidas de liberalização da economia impulsionadas pelo presidente Mauricio Macri.
O cônsul adjunto argentino no Rio, Gonzalo Fernández Suárez, relatou à Efe outros fatores que favoreceram o aumento do fluxo de turistas, como a possibilidade de pagar a viagem em parcelas, a retirada do proibitivo 35% do imposto por compras com cartão no exterior e o fim das restrições para a compra de dólares.
Estas duas últimas medidas, aprovadas em dezembro, foram o toque final para que os argentinos se decidissem pelo Brasil.
Para atender à demanda, a empresa Aerolíneas Argentinas disponibilizou mais voos em direção a todo o território brasileiro, especialmente para Salvador, saindo das cidades de Buenos Aires, Mendoza, Rosário e Córdoba.
Do mesmo modo, as autoridades argentinas detectaram um aumento do fluxo de veículos no sul do Brasil, que antes só se percebia em finais de semana e que agora se pode observar também durante os demais dias.
Em sua maioria, os que viajam por estrada buscam as praias do estado de Santa Catarina, onde o governo estadual espera a chegada de 950.000 argentinos por via terrestre, do total de 1,5 milhão que calcula que receberá até fevereiro.
Outro dado que põe em evidência a avalanche argentina rumo ao Brasil foi o grande aumento do número de consultas e trâmites realizados no consulado desse país no Rio.
Na primeira quinzena do ano, o consulado entregou uma porcentagem 275% maior de documentos após perdas ou roubos a turistas em relação ao mesmo período do ano passado.
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