Cazaquistão quer contribuir para modernização da África, diz vice-ministro
Omer Redi.
Adis-Abeba, 30 jan (EFE).- Para consolidar o processo de desenvolvimento iniciado há 20 anos, o Cazaquistão pretende se abrir ao mercado internacional, mas tem especial interesse em contribuir para a modernização e a transformação da África, uma região que oferece grandes oportunidades para o país.
Em entrevista concedida à Agência Efe durante a cúpula anual da União Africana (UA) em Adis-Abeba, capital da Etiópia, o vice-ministro das Relações Exteriores do Cazaquistão, Yerzhan Ashikbayev, afirmou estar convencido de que seu país pode compartilhar a "experiência acumulada" durante o processo de abertura ao mundo com os países africanos.
Desde sua independência, em 1991, o Cazaquistão registrou notáveis avanços no PIB per capita (nos últimos 20 anos, o índice se multiplicou por 18) por meio de objetivos concretos para modernizar, industrializar e reformar o sistema político do país.
Em sua estratégia para melhorar a presença na África, o Cazaquistão já estabeleceu relações amistosas com a África do Sul, Etiópia e Egito, países nos quais já conta com embaixadas, locais que serão usados como "portas de entrada para descobrir a região".
Da mesma forma, o país asiático espera poder receber representantes dos países africanos na próxima Exposição Universal, que será realizada em 2017, em Astana, e que terá como tema principal a "energia do futuro", um setor com o qual a África pode obter grandes benefícios, afirmou o vice-ministro.
Durante a visita à cúpula anual da UA, Ashikbayev se reuniu com mais de 20 representantes do alto escalão de governos africanos com a intenção de discutir "os objetivos de desenvolvimento sustentável e novas áreas de cooperação".
Ashikbayev espera obter apoios para a candidatura do Cazaquistão como membro não permanente do Conselho de Segurança da ONU entre 2017 e 2018, um posto que o país almeja por seus esforços em conseguir a paz e o desarmamento nuclear.
Após a recente admissão na Organização Mundial do Comércio (OMC), o Cazaquistão espera fazer negócios com o resto do mundo. E tem "grandes esperanças" para o futuro, apesar de os efeitos da abertura comercial ainda "estarem por vir", disse Ashikbayev.
Em relação à normalização das relações entre o Ocidente e o Irã, o vice-ministro das Relações Exteriores do Cazaquistão se mostrou satisfeito pelos avanços conseguidos e celebrou o papel do governo do país em "moderar o diálogo" entre as partes.
De fato, o Irã é um elemento fundamental para a expansão do Cazaquistão em direção à África, já que é o "corredor natural" para o comércio com o continente. E, cedo ou tarde, avaliou Ashikbayev, Teerã aproveitará as oportunidades oferecidas pelo novo cenário diplomático.
O Cazaquistão, porém, não quer focar apenas na África. O país também quer encontrar outros aliados comerciais na América do Sul, na América Central e no Caribe. "Em um mundo moderno e globalizado, você não pode ficar limitado pelas fronteiras", concluiu o vice-ministro.
Adis-Abeba, 30 jan (EFE).- Para consolidar o processo de desenvolvimento iniciado há 20 anos, o Cazaquistão pretende se abrir ao mercado internacional, mas tem especial interesse em contribuir para a modernização e a transformação da África, uma região que oferece grandes oportunidades para o país.
Em entrevista concedida à Agência Efe durante a cúpula anual da União Africana (UA) em Adis-Abeba, capital da Etiópia, o vice-ministro das Relações Exteriores do Cazaquistão, Yerzhan Ashikbayev, afirmou estar convencido de que seu país pode compartilhar a "experiência acumulada" durante o processo de abertura ao mundo com os países africanos.
Desde sua independência, em 1991, o Cazaquistão registrou notáveis avanços no PIB per capita (nos últimos 20 anos, o índice se multiplicou por 18) por meio de objetivos concretos para modernizar, industrializar e reformar o sistema político do país.
Em sua estratégia para melhorar a presença na África, o Cazaquistão já estabeleceu relações amistosas com a África do Sul, Etiópia e Egito, países nos quais já conta com embaixadas, locais que serão usados como "portas de entrada para descobrir a região".
Da mesma forma, o país asiático espera poder receber representantes dos países africanos na próxima Exposição Universal, que será realizada em 2017, em Astana, e que terá como tema principal a "energia do futuro", um setor com o qual a África pode obter grandes benefícios, afirmou o vice-ministro.
Durante a visita à cúpula anual da UA, Ashikbayev se reuniu com mais de 20 representantes do alto escalão de governos africanos com a intenção de discutir "os objetivos de desenvolvimento sustentável e novas áreas de cooperação".
Ashikbayev espera obter apoios para a candidatura do Cazaquistão como membro não permanente do Conselho de Segurança da ONU entre 2017 e 2018, um posto que o país almeja por seus esforços em conseguir a paz e o desarmamento nuclear.
Após a recente admissão na Organização Mundial do Comércio (OMC), o Cazaquistão espera fazer negócios com o resto do mundo. E tem "grandes esperanças" para o futuro, apesar de os efeitos da abertura comercial ainda "estarem por vir", disse Ashikbayev.
Em relação à normalização das relações entre o Ocidente e o Irã, o vice-ministro das Relações Exteriores do Cazaquistão se mostrou satisfeito pelos avanços conseguidos e celebrou o papel do governo do país em "moderar o diálogo" entre as partes.
De fato, o Irã é um elemento fundamental para a expansão do Cazaquistão em direção à África, já que é o "corredor natural" para o comércio com o continente. E, cedo ou tarde, avaliou Ashikbayev, Teerã aproveitará as oportunidades oferecidas pelo novo cenário diplomático.
O Cazaquistão, porém, não quer focar apenas na África. O país também quer encontrar outros aliados comerciais na América do Sul, na América Central e no Caribe. "Em um mundo moderno e globalizado, você não pode ficar limitado pelas fronteiras", concluiu o vice-ministro.
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