Apenas 5 países representam América Latina no Mobile World Congress
L'Hospitalet (Espanha), 24 fev (EFE).- Apenas cinco países, Argentina, Brasil, Colômbia, México e Panamá, representam a América Latina no Mobile World Congress (MWC) de Barcelona, uma região marcada por uma profunda exclusão digital.
Mas, além disso, a representação empresarial total se limita a 30 firmas, das quais uma parte é formada por empresas emergentes (startups) que vão ao evento paralelo conhecido como Four Years From Now.
"Não me surpreende que não haja tanta representação no evento porque, tirando as empresas de recursos naturais, a região não tem empresas muito grandes em nenhuma indústria", apontou à Agência Efe o vice-presidente da empresa de consultoria IDC para a América Latina, Jay Gumbiner.
Na América Latina "há desenvolvimento e há interesse em tenoclogia móvel", assim como "empresas inovadoras" e "dirigidas ao mercado de mobilidade", "mas a realidade é que a região não tem tantas empresas globais nascidas na América Latina", acrescenta.
O pequeno número de países é explicado, segundo sua opinião, pela diferença entre as economias da região que faz com que haja "países com mais recursos para organizar um grupo de empresas com representação oficial".
Dos cinco países, o Brasil é o que maior representação tem, com 16 empresas no total, entre elas a Datacom, a companhia de análise de dados WebRadar e RecargaPay, uma plataforma de recarga de celulares pré-pago com mais de um milhão de clientes.
Muito popular também em toda América Latina são outras duas empresas presentes em Barcelona, a mexicana Quiubas Mobile, uma plataforma de mensagem SMS que participa pelo terceiro ano no MWC, e 1DOC3, um portal de saúde nascido em 2014 na Colômbia.
A Argentina está representada por 3 firmas, enquanto o Panamá conta com apenas uma empresa.
Todas são companhias que nasceram em uma região na qual, segundo um estudo apresentado durante o MWC, 363 milhões de pessoas, 57% do total, não utilizam internet apesar terem cobertura para isso, frente aos 207 milhões que utilizam.
Na opinião de José Otero, diretor para a América Latina e o Caribe de 5G Américas, uma associação empresarial que promove o desenvolvimento tecnológico em todo o continente, "já não é tanto uma exclusão digital de acesso, é uma exclusão digital de conteúdo. Se não tem conteúdo, perde a batalha".
Salvo Cuba e El Salvador, todos os países da região contam com redes 4G, embora com uma cobertura muito distinta de acordo com país, já que enquanto no Brasil e México supera 50% da população, em outros, como Nicarágua e Honduras, o desdobramento é muito incipiente, explica.
A lacuna também ocorre dentro dos próprios países. "É muito difícil chegar às zonas remotas da cordilheira do norte do México ou da floresta amazônica no Brasil", usou como exemplo Otero.
Mas, além disso, a representação empresarial total se limita a 30 firmas, das quais uma parte é formada por empresas emergentes (startups) que vão ao evento paralelo conhecido como Four Years From Now.
"Não me surpreende que não haja tanta representação no evento porque, tirando as empresas de recursos naturais, a região não tem empresas muito grandes em nenhuma indústria", apontou à Agência Efe o vice-presidente da empresa de consultoria IDC para a América Latina, Jay Gumbiner.
Na América Latina "há desenvolvimento e há interesse em tenoclogia móvel", assim como "empresas inovadoras" e "dirigidas ao mercado de mobilidade", "mas a realidade é que a região não tem tantas empresas globais nascidas na América Latina", acrescenta.
O pequeno número de países é explicado, segundo sua opinião, pela diferença entre as economias da região que faz com que haja "países com mais recursos para organizar um grupo de empresas com representação oficial".
Dos cinco países, o Brasil é o que maior representação tem, com 16 empresas no total, entre elas a Datacom, a companhia de análise de dados WebRadar e RecargaPay, uma plataforma de recarga de celulares pré-pago com mais de um milhão de clientes.
Muito popular também em toda América Latina são outras duas empresas presentes em Barcelona, a mexicana Quiubas Mobile, uma plataforma de mensagem SMS que participa pelo terceiro ano no MWC, e 1DOC3, um portal de saúde nascido em 2014 na Colômbia.
A Argentina está representada por 3 firmas, enquanto o Panamá conta com apenas uma empresa.
Todas são companhias que nasceram em uma região na qual, segundo um estudo apresentado durante o MWC, 363 milhões de pessoas, 57% do total, não utilizam internet apesar terem cobertura para isso, frente aos 207 milhões que utilizam.
Na opinião de José Otero, diretor para a América Latina e o Caribe de 5G Américas, uma associação empresarial que promove o desenvolvimento tecnológico em todo o continente, "já não é tanto uma exclusão digital de acesso, é uma exclusão digital de conteúdo. Se não tem conteúdo, perde a batalha".
Salvo Cuba e El Salvador, todos os países da região contam com redes 4G, embora com uma cobertura muito distinta de acordo com país, já que enquanto no Brasil e México supera 50% da população, em outros, como Nicarágua e Honduras, o desdobramento é muito incipiente, explica.
A lacuna também ocorre dentro dos próprios países. "É muito difícil chegar às zonas remotas da cordilheira do norte do México ou da floresta amazônica no Brasil", usou como exemplo Otero.
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