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FMI pede manutenção de reformas para restabelecer confiança no crescimento

26/02/2016 03h04

Xangai (China), 26 fev (EFE).- A diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, pediu nesta sexta-feira aos países do G20 a manutenção do processo de reformas estruturais com o objetivo de restaurar "a confiança na recuperação em curto prazo".

"O crescimento, que existe, está se arrefecendo" no mundo todo, o que torna "importante" seguir falando das reformas, afirmou Lagarde ao abrir um seminário sobre este tema dentro da reunião de responsáveis financeiros do G20 que começa hoje em Xangai.

A responsável do FMI ressaltou que o crescimento nos países mais avançados "continua sendo modesto", enquanto está "em perigo" em algumas economias emergentes.

"Tudo isso afeta os mercados financeiros e, por sua vez, deprime o sentimento" sobre o estado da economia, por isso "é importante aumentar a confiança sobre a recuperação em curto prazo", opinou Lagarde.

Em um comparecimento posterior em um fórum organizado pelo Instituto de Finanças Internacionais (IIF, sigla em inglês) em paralelo à reunião do G20, Lagarde pediu aos países do grupo que atuem de forma "valente, ampla e conjunta" na frente monetária, fiscal e nas reformas estruturais.

"Não têm que inventar outro truque, não têm que sair com uma nova receita, mas têm que cumprir firmemente com seus compromissos", declarou a diretora-gerente do FMI.

Os discursos de Lagarde acontecem apenas dois dias depois que o FMI divulgou um relatório prévio à reunião do G20 em que alerta para a existência de "maiores riscos de a recuperação descarrilar, em um momento no qual a economia global está altamente vulnerável a choques adversos".

Por isso, o FMI pediu aos presentes à reunião financeira do G20 "ações multilaterais corajosas para estimular o crescimento e conter o risco" diante da desaceleração em muitos países emergentes e da frágil recuperação nos avançados.

O FMI rebaixou suas previsões de crescimento da economia mundial, que agora são de 3,4% para este ano e de um 3,6% para 2017, segundo seu último relatório de "Perspectivas Econômicas Globais".