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Centenas de espanhóis são citados escândalo "Panama Papers"

04/04/2016 07h39

Madri, 4 abr (EFE).- Pilar de Borbón, irmã do rei Juan Carlos, o diretor de cinema Pedro Almodóvar e seu irmão são alguns dos espanhóis que tiveram os nomes relacionados com os denominados "papéis do Panamá" sobre esquema de uso de offshores para movimentação financeira, divulgados pelo Consórcio Internacional de Jornalistas de Investigação (ICIJ).

"El Confidencial", meio que junto com a rede de televisão "La Sexta" está divulgando essas informações na Espanha, cifra em pelo menos 1,2 mil sociedades, 558 acionistas, 166 clientes intermediários e 89 beneficiados com endereço postal no país.

O jornal diz que o número pode ser maior se forem utilizadas direções exteriores.

A infanta Pilar aparece como presidente e administradora desde 1974 da sociedade panamenha Delanteira Financeira S.A. que foi dissolvida em 24 de junho de 2014, cinco dias depois da proclamação de seu sobrinho Felipe como rei.

Esta informação, segundo "El Confidencial" e "La Sexta", figura na documentação do escritório panamenho Mossack Fonseca, especialista em criar empresas "offshore" em paraísos fiscais.

Nos documentos desse escritório também aparecem os irmãos Pedro e Agustín Almodóvar, diretor de cinema e produtor respectivamente, representantes da sociedade Glen Valley Corporation registrada nas Ilhas Virgens britânicas entre 1991 e 1994.

Outro dos sobrenomes espanhóis que vazou até o momento é o da família Domecq, conhecida por seus negócios de vinho e no mundo do touro, cujos 12 membros tiveram assinatura autorizada para tramitar contas na Suíça, cujo titular era a empresa Rinconada Investments.

Os "Panama Papers" envolve 140 políticos e funcionários de todo o mundo, entre eles 12 antigos e atuais chefes de Estado, como o presidente da Argentina, os primeiros-ministros da Islândia e Paquistão, o presidente ucraniano e o rei da Arábia Saudita.

Além disso, vários amigos pessoais do presidente russo Vladimir Putin, o jogador argentino Lionel Messi e o presidente da Uefa, Michel Platini, também foram citados nesses documentos.