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Santander vê como "obrigação" avaliar ativos do Citibank à venda

27/04/2016 19h35

São Paulo, 27 abr (EFE).- O presidente do Santander Brasil, Sergio Rial, afirmou nesta quarta-feira que é uma "obrigação" avaliar os ativos que foram colocados à venda no país pelo Citibank e que, se forem adquiridos pelo grupo espanhol, poderiam transformá-lo no único banco de origem estrangeira a atuar no mercado brasileiro.

"Temos a obrigação de olhar, mas não necessariamente comprar, como fizemos com o HSBC, que fomos até onde consideramos necessário", declarou Rial em uma teleconferência para comentar os resultados do Santander Brasil no primeiro trimestre.

O principal executivo do banco de matriz espanhola no país falou assim sobre o interesse do Santander em adquirir os ativos do Citibank colocados à venda no Brasil, uma oferta que inclui também as operações em Argentina e Colômbia.

No ano passado, o Santander foi um dos interessados na compra do HSBC Brasil, mas no final o Bradesco fechou negócio com a instituição britânica.

"A operação do Citibank é muito menor que a do HSBC, mas vamos avaliá-la", explicou Rial, para quem a aquisição não representa muita diferença para o banco.

No entanto, ele reconheceu que a compra transformaria o Santander Brasil no único agente estrangeiro dentro do mercado no varejo bancário do país.

Sem fazer referência a possíveis datas para avançar e fechar negócio, o executivo comentou que o processo de venda "está ainda muito no início".

Sobre o resultado do primeiro trimestre, Rial ressaltou a capacidade do banco de "se sobrepor às adversidades em momentos desafiadores" como os que ocorrem hoje no Brasil.

A contribuição dos negócios no país ao grupo Santander no trimestre foi de 18%, superando os 15% da matriz na Espanha. No primeiro trimestre, o banco registrou lucro líquido de R$ 1,66 bilhão, o que representa um avanço de 3,3% em comparação com o quarto trimestre do ano passado e de 1,7% frente ao período janeiro-março de 2015.

A estabilidade da inadimplência, que foi de 3,3% contra os 3,2% do quarto trimestre de 2015 e a atuação nos mercados cambial e de crédito consignado foram outros aspectos destacados por Rial para o desempenho do banco entre janeiro e março.