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Presidente da Mitsubishi renunciará por manipulação de dados, diz "Nikkei"

17/05/2016 23h49

Tóquio, 18 mai (EFE).- O presidente da Mitsubishi Motors, Tetsuro Aikawa, renunciará a seu cargo por causa do escândalo de falsificação de dados de consumo que afetou os carros da empresa, segundo antecipou nesta quarta-feira (18) o jornal japonês "Nikkei".

O cargo de Aikawa, de 62 anos, será ocupado temporariamente pelo executivo-chefe, Osamu Masuko, de acordo com a publicação.

Masuko manterá os cargos até a conclusão da operação anunciada na semana passada, com a qual a também japonesa Nissan assumirá 34% das ações da Mitsubishi para se transformar em seu maior acionista e tentar recuperar o prestígio da marca após o escândalo.

Em abril deste ano, a companhia japonesa admitiu que havia manipulado os dados de consumo de combustível de 625 mil unidades vendidas no Japão de quatro modelos de miniveículos, que possuem motores inferiores a 660 centímetros cúbicos.

No curso das investigações, a empresa disse que tais práticas se estenderam a outros modelos, mas revelou que ainda desconhece o alcance total do caso.

A renúncia de Aikawa responderia, segundo o "Nikkei", ao fato de ele ter começado sua carreira na Mitsubishi na unidade de desenvolvimento de produto, onde se originou a manipulação de dados.

Hoje mesmo, a empresa deve apresentar ao Ministério dos Transportes do Japão um novo relatório sobre o escândalo.

Espera-se que a renúncia de Aikawa se torne efetiva em meados de julho, quando a comissão independente encarregada de investigar o assunto deve apresentar um relatório final.

Outra data cogitada para a saída do presidente seria 24 de junho, quando acontecerá a reunião da junta de acionistas da empresa.

Está previsto que depois dessa reunião a Nissan coloque um de seus diretores para liderar a unidade de desenvolvimento de produto.

A Nissan espera concluir a compra do pacote de ações no segundo semestre deste ano.

Uma vez executada essa operação, a Mitsubishi reduziria de 13 para 11 o número de seus representantes na junta diretiva, onde a Nissan incluiria quatro executivos, entre os quais estaria o novo presidente.

Até lá, espera-se que Osamu Masuko, de 67 anos, permaneça no posto de presidente e trabalhe com a Nissan para coordenar a transição e designar seu substituto.