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FMI quer detalhes de alívio da dívida da Grécia para participar de resgate

25/05/2016 14h07

Washington, 25 mai (EFE).- O Fundo Monetário Internacional (FMI) informou nesta quarta-feira que não está pronto para participar do programa de resgate financeira à Grécia até que medidas específicas para garantir a sustentabilidade da dívida sejam detalhadas.

"Não acredito que estamos em uma situação na qual podemos avançar. É preciso haver mais medidas concretas de alívio da dívida", indicou um funcionário do alto escalão do FMI, que pediu anonimato, pouco depois da divulgação do acordo firmado hoje em Bruxelas entre a Grécia e seus parceiros europeus.

O pacto firmado pelos ministros de Economia e Finanças da zona do euro permite o desbloqueio de 10,3 bilhões de euros do resgate à Grécia.

"As boas notícias são que as chances de entrarmos cresceram significativamente. Poderemos ter isso até o fim do ano, após a aprovação do diretório executivo", disse o funcionário do FMI.

Em sua última análise da economia grega, divulgada na segunda-feira, o FMI pediu a diminuição dos objetivos fiscais para torná-los "mais plausíveis". E estabeleceu em 1,5% do PIB o déficit primário a médio prazo, contra 3,5% previstos anteriormente. Além disso, sugeriu um "alívio incondicional" e "antecipado" da dívida.

Após o acordo, será possível efetuar o repasse de uma parte dos 7,5 bilhões de euros à Grécia em junho, para que o país possa quitar parcelas do empréstimo ao FMI e ao Banco Central Europeu.

Os demais 2,7 bilhões de euros serão desembolsados em várias parcelas "depois do verão", informou o diretor-gerente do fundo de resgate da zona do euro, Klaus Regling.

A instituição financeira internacional ainda não confirmou sua participação no terceiro programa de resgate de 86 bilhões de euros à Grécia, acertada com os parceiros europeus, e expressou em reiteradas ocasiões suas dúvidas sobre os objetivos "pouco realistas" desse plano.