Opep mantém cotas de produção sem mudanças e elege nigeriano como novo chefe
Viena, 2 jun (EFE).- Os ministros que fazem parte da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) decidiram nesta quinta-feira em Viena manter sem mudanças sua produção de petróleo, e elegeram o nigeriano Mohammed Barkindo como novo secretário-geral da organização.
Assim confirmou à Agência Efe o ministro de Petróleo e Mineração venezuelano, Eulogio del Pino, após o término da reunião semestral da Opep.
Além disso, a conferência ministerial aprovou a reintegração do Gabão como membro de pleno direito a partir do dia 1º de julho de 2016.
Del Pino qualificou de "excelente" o resultado desta conferência na qual os ministros decidiram "continuar discutindo" as diversas propostas dos parceiros para recuperar o controle da produção de petróleo.
"Temos secretário-geral", destacou o chefe da delegação venezuelana, em alusão aos três anos passados nos quais fracassaram tentativas de superar as divisões internas para conseguir o consenso necessário para nomear um sucessor do líbio Abdullah El-Badri no cargo máximo da Opep.
Os ministros decidiram esperar para ver como evolui o mercado depois da recente recuperação do preço do barril, que na semana passada chegou a superar os US$ 50, quase o dobro que em janeiro, quando atingiu valores mínimos em mais de 12 anos.
"A última tendência mostrou que o preço do petróleo começou a subir. Temos que ver se esta tendência continua de modo que se produzam receitas razoáveis para que os produtores possam investir", disse em entrevista coletiva o presidente rotativo da Opep e ministro catariano de Energia, Mohammed bin Saleh al Saadah.
Ele advertiu que o nível atual das cotações da commodity não é suficiente para promover os investimentos no setor, o que em um maior prazo pode repercutir em uma oferta limitada.
No entanto, tanto Saadah como El Badri expressaram um cauteloso otimismo ao ver uma tendência de alta pela primeira vez em dois anos.
"A atmosfera é positiva e o mercado é cômodo para nós", disse El Badri, considerando que é preciso ainda tempo "para chegar a uma boa decisão sobre quanto produzir".
A cota oficial de produção da Opep, de 30 milhões de barris diários (mbd) não foi modificada desde 2011, mas se considera obsoleta depois que os parceiros deixaram de respeitá-la.
Segundo os últimos dados publicados pela organização, em abril os 13 países-membros bombearam um total de 32,44 mbd, cerca de um terço da produção mundial do produto.
O nigeriano Barkindo assumirá a Secretaria-Geral da Opep em 1º de agosto, depois que El Badri ocupou o cargo por mais de nove anos.
Barkindo, que já foi secretário-geral interino em 2006, tem uma longa experiência na indústria petrolífera de seu país e foi presidente da Corporação Nacional de Petróleo da Nigéria entre 2009 e 2010.
O Gabão, país de cerca de 1,6 milhão de habitantes, se tornará em julho o 14º membro do grupo, ao qual já pertenceu entre 1975 e 1994.
Com uma produção de petróleo de cerca de 240 mil barris diários (bd), será o menor produtor da Opep, posição que até agora é ocupada pelo Equador, com 550 mil barris ao dia.
O sócio que mais bombeia petróleo é a Arábia Saudita (em torno dos 10,2 milhões de bd), seguido do Iraque (3,8 mbd).
O Gabão deixou a Opep em 1994, no meio de forte queda do preço do barril, após queixar-se que para sua economia eram elevadas demais as contribuições ao orçamento da organização.
Assim confirmou à Agência Efe o ministro de Petróleo e Mineração venezuelano, Eulogio del Pino, após o término da reunião semestral da Opep.
Além disso, a conferência ministerial aprovou a reintegração do Gabão como membro de pleno direito a partir do dia 1º de julho de 2016.
Del Pino qualificou de "excelente" o resultado desta conferência na qual os ministros decidiram "continuar discutindo" as diversas propostas dos parceiros para recuperar o controle da produção de petróleo.
"Temos secretário-geral", destacou o chefe da delegação venezuelana, em alusão aos três anos passados nos quais fracassaram tentativas de superar as divisões internas para conseguir o consenso necessário para nomear um sucessor do líbio Abdullah El-Badri no cargo máximo da Opep.
Os ministros decidiram esperar para ver como evolui o mercado depois da recente recuperação do preço do barril, que na semana passada chegou a superar os US$ 50, quase o dobro que em janeiro, quando atingiu valores mínimos em mais de 12 anos.
"A última tendência mostrou que o preço do petróleo começou a subir. Temos que ver se esta tendência continua de modo que se produzam receitas razoáveis para que os produtores possam investir", disse em entrevista coletiva o presidente rotativo da Opep e ministro catariano de Energia, Mohammed bin Saleh al Saadah.
Ele advertiu que o nível atual das cotações da commodity não é suficiente para promover os investimentos no setor, o que em um maior prazo pode repercutir em uma oferta limitada.
No entanto, tanto Saadah como El Badri expressaram um cauteloso otimismo ao ver uma tendência de alta pela primeira vez em dois anos.
"A atmosfera é positiva e o mercado é cômodo para nós", disse El Badri, considerando que é preciso ainda tempo "para chegar a uma boa decisão sobre quanto produzir".
A cota oficial de produção da Opep, de 30 milhões de barris diários (mbd) não foi modificada desde 2011, mas se considera obsoleta depois que os parceiros deixaram de respeitá-la.
Segundo os últimos dados publicados pela organização, em abril os 13 países-membros bombearam um total de 32,44 mbd, cerca de um terço da produção mundial do produto.
O nigeriano Barkindo assumirá a Secretaria-Geral da Opep em 1º de agosto, depois que El Badri ocupou o cargo por mais de nove anos.
Barkindo, que já foi secretário-geral interino em 2006, tem uma longa experiência na indústria petrolífera de seu país e foi presidente da Corporação Nacional de Petróleo da Nigéria entre 2009 e 2010.
O Gabão, país de cerca de 1,6 milhão de habitantes, se tornará em julho o 14º membro do grupo, ao qual já pertenceu entre 1975 e 1994.
Com uma produção de petróleo de cerca de 240 mil barris diários (bd), será o menor produtor da Opep, posição que até agora é ocupada pelo Equador, com 550 mil barris ao dia.
O sócio que mais bombeia petróleo é a Arábia Saudita (em torno dos 10,2 milhões de bd), seguido do Iraque (3,8 mbd).
O Gabão deixou a Opep em 1994, no meio de forte queda do preço do barril, após queixar-se que para sua economia eram elevadas demais as contribuições ao orçamento da organização.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.